“BRICS oferece caminho para o renascimento econômico”, declarou o presidente do Conselho Consultivo de Comércio e Investimento Nigéria-Rússia. O país é o mais recente de uma leva de países que ingressaram no sistema BRICS – fundado pelo Brasil, China, Rússia e África do Sul, logo após ingressos de econômias destacadas e tradicionais a exemplo da Indonésia e Vietnã
“O BRICS é um clube de verdadeiros amigos, um clube de associados que busca lutar contra o hegemonismo ocidental, a Nigéria sendo vítima do que as políticas ocidentais vêm produzindo. Portanto, o BRICS oferece uma oportunidade ao nosso país. Para reviver nossa economia, o BRICS oferece uma solução”, disse Emmanuel Chukwuka Johnson, presidente do Conselho Consultivo de Comércio e Investimento Nigéria-Rússiada Nigéria.
Em uma entrevista ao canal de notícias ‘Russia Today’, Johnson expôs sua visão de parceria da Nigéria no BRICS. Ele enxerga a ascensão da Nigéria ao bloco como uma oportunidade do país de aumentar a influência geopolítica e uma oportunidade promissora para solucionar os desafios econômicos que a Nigéria enfrenta há muito tempo.
“O BRICS vai dar à Nigéria a voz global que nosso país anseia ter, não havendo saído ainda, infelizmente de onde veio, da era colonial, o que estrangulou a Nigéria na cena global.”
Ele observa que a parceria com os BRICS podem proporcionar para a Nigéria uma voz global mais influente e independente dando ao país “a oportunidade de expressar suas próprias preocupações e fazer uma contribuição tangível para a política global”.
“O impacto (do BRICS nos países africanos), vai ser uma correção do que temos hoje em dia, mas para entendermos, veja, eu falo especialmente da África, quando países africanos ganharam a independência, o nível de ajuste que os países africanos bucaram, em sua maioria, consistia em uma estratégia de mudar sua política externa para se alinharem com a União Soviética”, esclareceu. Ele prosseguiu dizendo que com o fim da URSS e do bloco socialista “isso trouxe consequências para os países africanos”. Por que esse alinhamento não teve como se manter.
Sobre as oportunidades que os BRICS oferecem a outros países africano, Johnson disse que o BRICS oferece “a liberdade real que eles querem, a liberdade de interagir com quem quiserem, depois construir sua própria economia e depois desenvolver seus próprios países.”
Em 2024, mais países ingressaram no bloco, como o Egito, a Etiópia, o Irã e os Emirados Árabes Unidos, Indonêsia e Vietnã. A Nigéria e Uganda ingressaram já neste ano, em 2025. Atualmente, os países membros dos BRICS somam 45% da população do mundo e 35% do PIB global.