Buscas pelo criminoso Lázaro Barbosa em área do cerrado de Goiás seguem pelo 14º dia

Polícia acredita que criminoso está em região de mata fechada

As buscas por Lázaro Barbosa, suspeito de matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia (DF), entraram no 13º dia seguido nesta segunda-feira (21). Pela manhã uma moradora afirmou que viu um homem, parecido com o fugitivo, passar por uma propriedade rural. Segundo ela, ele estava mancando.

Policiais e bombeiros com cães farejadores acompanharam a mulher para fazer uma verificação na área.

Segundo a moradora, a família acordou nesta madrugada com latidos dos cachorros, no bairro Águas Bonitas, em Águas Lindas de Goiás. No quintal, viram um homem com uma mochila nas costas e mancando, a uma distância aproximada de 20 metros, o que pareceu suspeito.

A chácara da família fica no limite entre Águas Lindas e Cocalzinho, regiões onde Lázaro Barbosa estaria escondido, de acordo com a polícia.

Equipes procuram o fugitivo com helicópteros, cães farejadores e drones, além das estratégias de inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSPGO).

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, acompanha as buscas e está com as equipes móveis. Atualmente, as forças de segurança seguem concentradas no distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goiás. 

O espaço aéreo da região foi fechado e só podem sobrevoar o local, aeronaves do estado ou drones.

Além da ronda, o bloqueio na BR-070 segue operando e fiscalizando os carros que passam pela região. Porém, até o momento, nenhuma ocorrência ou sinal do foragido.

A caça a Lázaro envolve mais de 300 policiais civis e militares de Goiás e do DF, além de agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Em seu informe mais recente, a Secretaria de Segurança Pública goiana disse que a força-tarefa foi reforçada com 2 cães do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, somando-se aos 3 que já integravam a operação.

Policiais relataram ao portal UOL que cerca de 70% das mais de 300 propriedades rurais da região foram abandonadas pelos moradores nos últimos dias. As casas oferecem ao criminoso, segundo os policiais, comida e abrigo para que ele possa se esconder. Uma área muito extensa, de mais de 20 quilômetros quadrados, na qual Lázaro tem “total domínio”.

A região cercada pelos policiais tem vegetação de cerrado, típica do Planalto Central. Especificamente no perímetro delimitado pela Secretaria de Segurança, há rios, brejos e matas fechadas. Um policial afirmou que também existem pequenas cachoeiras. Mas também haveria grutas com um quilômetro de profundidade. Elas podem não só esconder uma pessoa como fornecer passagens para o outro lado caso sejam ocupadas pelos agentes de segurança.

OS CRIMES

Em 26 de abril, Lázaro invadiu a casa de uma família no Sol Nascente (DF), trancou pai e filho no quarto e levou a mulher para um matagal, onde a estuprou.

Em 17 de maio, fez refém outra família no mesmo local. Em 9 de junho, invadiu uma chácara em Ceilândia, também no DF, e matou a tiros e facadas um casal e 2 filhos. 

No mesmo dia, roubou uma chácara, rendeu o caseiro e o proprietário do local.

Em 12 de junho, o criminoso fugiu para Cocalzinho de Goiás, a 110 quilômetros de Brasília. Lá, atirou em pessoas, invadiu propriedades rurais e colocou fogo em uma casa, já fugindo dos policiais.

Em 13 de junho, Lázaro furtou um carro, abandonou-o na BR-070 e fugiu para a mata.

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