Até 5 de março, serão 5,6 milhões de doses entregues
O Instituto Butantan iniciou nesta terça-feira (23) a entrega do novo lote de imunizantes ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. No total, serão 5,6 milhões de doses no período de 5 de fevereiro a 5 de março, 65% a mais do volume previsto inicialmente.
Também nesta terça-feira (23), o Instituto Butantan fará a distribuição de 1,2 milhão de doses e, amanhã (24), serão entregues mais 900 mil frascos da vacina. Para os dias 25, 26 e 28 de fevereiro ainda estão previstas liberações de 600 mil doses diárias. Dessa forma, de hoje (23) a domingo, São Paulo fornecerá um total de 3,9 milhões de doses ao PNI.
Durante coletiva realizada no Instituto, o governador de São Paulo, João Doria. relembrou que o Butantan lidera a distribuição dos imunizantes no país. Atualmente, mais de 90% das vacinas que estão sendo aplicadas na população são fruto do acordo com o laboratório chinês Sinovac.
Enquanto isso, o governo Bolsonaro ignora a necessidade de compra de novas vacinas e a sua disponibilização à população, sabotando a campanha de imunização contra o coronavírus, única medida que pode colocar fim à pandemia que já matou mais de 245 mil brasileiros.
“O Instituto Butantan hoje lidera a distribuição de vacinas no país. O Brasil vai receber, até 30 de abril, 46 milhões de doses da vacina e, até 30 de agosto, mais 54 milhões de doses da vacina do Butantan. Até 30 de agosto, nós teremos entregue 100 milhões de doses da vacina do Butantan”, destacou Doria.
No dia 5 de fevereiro, o Butantan já havia distribuído 1,1 milhão de doses. Portanto, apenas no período de um mês, entre 05/02 e 05/03, o instituto fornecerá o total de 6,7 milhões de vacinas. Somadas ao lote de 8,7 milhões entregues em janeiro, já são 15,4 milhões de doses para vacinação de brasileiros em todo o país.
As doses enviadas hoje fazem parte do lote de imunizantes envasados no Butantan com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) enviado pela Sinovac Life Science, da China. O Instituto já entregou o que corresponde a 90% de todas as vacinas usadas na rede pública do país e vem criando uma força-tarefa para seguir envasando, em ritmo acelerado, doses para a entrega ao PNI. Uma das ações do Butantan foi, por exemplo, dobrar seu quadro de funcionários para atender a urgência necessária para o momento.
PRODUÇÃO PRÓPRIA
Segundo Doria, a obra da fábrica do Butantan que permitirá a produção nacional do imunizante será finalizada em outubro. Após aprovação do espaço e transferência da tecnologia, o Butantan tem condições de assumir a produção industrial do imunizante. O governo paulista estima que o processo seja concluído até o final do ano.
“Nós temos aí dezenas de funcionários trabalhando em jornadas de dez horas por dia para colocar a fábrica em conclusão até o mês de outubro. Em outubro, novembro, e dezembro, as instalações dos equipamentos serão feitas e ainda em dezembro deste ano termos a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil. E a partir de janeiro, em escala evolutiva, para a produção industrial da vacina”, disse.