Dez deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral e mais 18 investigados no âmbito da Operação Furna da Onça, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal. Entre os investigados estão ex-secretários de Estado, atuais e ex-assessoras nos gabinetes dos parlamentares e gestores da cúpula do Detran-RJ.
Os 29 investigados são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em esquemas envolvendo nomeações viciadas e pagamentos de propinas a deputados em troca de apoio aos governos de Cabral e Pezão. O MP afirma que o esquema movimentou R$ 54 milhões.
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Além de Cabral, destaca a Procuradoria, lideraram a ‘organização pluripartidária’ os ex-presidentes da Assembleia Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do MDB.
A Furna da Onça investigou esquemas de propinas mensais e ‘prêmios’ a deputados aliados, além do oferecimento de postos de trabalho em órgãos estaduais detectados pela força-tarefa do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Os esquemas uniam parlamentares de oito partidos: André Correa (DEM), Edson Albertassi (MDB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (SD), Jorge Picciani (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius “Neskau” (PTB) e Paulo Melo (MDB).
Os deputados estaduais e assessores, suposto operador e enteado do deputado Luiz Martins – foram denunciados ao TRF2, que julgará se acolhe a denúncia, dando início ao processo penal.
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