Mesmo após fortes críticas em relação ao staff que o acompanhará, Michel Temer bateu o pé e vai passar o carnaval com a família na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, numa área da Marinha. A comitiva que acompanhará o presidente na viagem deve incluir 60 pessoas. E isso porque Temer diz que quer acabar com os privilégios.
A viagem está prevista para acontecer na sexta-feira (9). Na comitiva, a primeira-dama Marcela Temer levará cerca de 20 pessoas só do Palácio do Jaburu, residência oficial do casal presidencial em Brasília, para ajudá-la. Entre elas, copeira, camareira, babás, cozinheiros e ajudantes que cuidem da casa.
O staff também inclui seguranças, médicos, enfermeiros, cerimonial, imprensa e até um funcionário que administra as despesas e as necessidades dos viajantes. A previsão é que o transporte da comitiva do presidente exija a utilização de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira.
A casa da Restinga de Marambaia que será ocupada por Temer é administrada pela Marinha e, embora a praia seja pública, o seu acesso é restrito, por se tratar de uma área militar.
Ao fechar esta edição uma informação dizia que o Planalto anunciou uma redução da comitiva presidencial para 40 pessoas. Apesar da suposta redução, a imoralidade permanece. Uma caravana com 40 funcionários exclusivamente para servir Temer continua um absurdo. O dinheiro vai sair dos cofres públicos do mesmo jeito para pagar a nababesca ida de Michel Temer à praia, que diz querer acabar com os privilégios. Para ele, “privilégio” é o salário mínimo dos aposentados, mas as extravagâncias dele, não. Temer recebe R$ 45 mil dos cofres do Estado de São Paulo, depois de aposentar-se, em 1996, aos 55 anos de idade, como promotor. E quer que o trabalhador se aposente aos 65 anos de idade.