
Nenhuma impunidade deve ser dada para a trama golpista. Integrantes da família Bolsonaro são bajuladores de Trump e agem como agentes estrangeiros e sabotadores dos interesses nacionais
O mundo assiste atentamente a um dos mais importantes julgamentos políticos de todos os tempos. De um lado o Brasil inteiro defende a democracia e o avanço social e, de outro, um grupo criminoso, fascista, corrupto e profundamente antinacional, chefiado por Jair Bolsonaro e sua família, pretendiam – e ainda intentam – implantar uma ditadura pró-Trump no país.
Ao perder as eleições de 2022, o então ocupante do Planalto tentou subverter a vontade popular manifesta na urnas para permanecer no poder. A trama previa a anulação das eleições, a intervenção no tribunal eleitoral, a manutenção de Bolsonaro no poder, a prisão de autoridades e o assassinato do presidente eleito, Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
No decorrer das investigações, ficou evidenciado que o golpe, idealizado e planejado por Bolsonaro, só não se concretizou porque houve uma firme resistência da sociedade brasileira, expressa em mobilizações populares, no posicionamento contrário da mídia – tanto nacional quanto externa – e no combate firme das instituições da República contra o atropelo à Constituição de 1988. Esta resistência se refletiu nos comandantes do Exército e da Aeronáutica que se opuseram à criminosa intentona bolsonarista.
Recheado de provas e, inclusive depoimentos de participantes da trama, o inquérito revelou detalhes da operação que culminaria com a instalação de uma ditadura pró-EUA no Brasil. As provas são tão exuberantes que é cada vez mais forte a tendência pela condenação dos fascistas. Diante desse quadro, seguidores do golpismo e da submissão do Brasil aos EUA tentam emplacar um projeto de lei para dar impunidade aos criminosos. Nem esperam o resultado do julgamento e querem obter um cínico “indulto” aos golpistas.
Além disso, a escandalosa chantagem, feita publica e acintosamente, pelo presidente dos Estados Unidos, o também fascista, Donald Trump, contra a economia do Brasil e em defesa dos golpistas, trouxe à luz a certeza de que a intenção de Bolsonaro era, e é, destruir a soberania nacional e submeter o Brasil aos interesses mesquinhos e coloniais da Casa Branca. Ele age em detrimento do Brasil, das empresas nacionais, do mercado interno e dos trabalhadores brasileiros.
O Poder Judiciário já deixou claro que não se intimida com as chantagens feitas pelo presidente dos Estados Unidos e que seguirá com o julgamento dos golpistas até o fim. O governo brasileiro também rechaçou as ameaças feitas pela Casa Branca e garantiu que o país não vai se dobrar à arrogância e prepotência de Donald Trump.
O julgamento está em sua reta final e o país clama por justiça. É chegada a hora de derrotar e enterrar o fascismo no Brasil. Neste sentido, o presidente Lula está determinado a liderar o país e chamou, nesta semana, em Belo Horizonte, o conjunto do povo brasileiro para ocupar as ruas e derrotar a manobra da impunidade tramada pela extrema-direita no parlamento.
Os integrantes da família Bolsonaro são bajuladores de Trump e agem como agentes estrangeiros contra os interesses nacionais. Eles são criminosos e não podem ter impunidade. Nunca houve uma traição tão aberta e descarada ao país como a que está sendo levada a cabo pelo bolsonarismo.
O filho do ex-mandatário, Eduardo Bolsonaro, chegou ao cúmulo de abandonar o mandato de deputado federal para se mudar com a família para os Estados Unidos para bajular Trump e sabotar, de lá, a economia brasileira. Ele está há mais de três meses instigando a Casa Branca a impor sanções às empresas, aos trabalhadores e às autoridades do Brasil. O prejuízo ao Brasil é enorme. Por isso, a punição exemplar aos golpistas é uma exigência da nação brasileira.
Os criminosos são Jair Bolsonaro; o deputado federal Alexandre Ramagem; o almirante Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o tenente-coronel Mauro Cid e os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A impunidade seria interpretada, não só como uma vergonha, mas, principalmente, como uma carta branca para novas intentonas. O país exige a prisão de Bolsonaro e dos demais golpistas. Prisão para aqueles que pretendiam fechar o Judiciário, perseguir oposicionistas e assassinar o presidente eleito, seu vice, e o presidente da corte eleitoral. Mais do que isso, o Brasil não aceita que os serviçais internos de Trump sigam livres para sabotar a economia brasileira em benefício das empresas e bilionários que pululam no interior da Casa Branca.
SÉRGIO CRUZ