Em onze meses, foram criados 2,24 milhões de empregos formais no país, segundo o Ministério do Trabalho
A economia brasileira gerou no último mês de novembro 1.978.371 empregos formais, ocorrendo, por outro lado, 1.871.746 desligamento, resultando em um saldo positivo no mês de 106.625 novos postos de trabalho. No mês de novembro de 2023 foram abertos 121.366 vagas.
No acumulado de janeiro a novembro o total de novos empregos foi de 2.224.102. O mês encerrou com um total (estoque) de 47.741.377 empregos formais em todo país. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados, nesta sexta-feira (27), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Na coletiva, quando foram apresentados esses números, o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, expressou avaliações de empresários da indústria de que há um adiamento das decisões de investimentos diretamente relacionados com as taxas de juros, aguardando os reflexos da alta à frente, que terão repercussão no nível de emprego. “Quando você conversa com setores da indústria, os investimentos diminuíram, tem a ver com a expectativa econômica diretamente relacionada com a taxa de juros, que aponta uma espera maior para ver como fica o quadro para novos investimentos”, declarou.
Em novembro, dois dos cinco grupamentos econômicos registraram saldos positivos de novos empregos: comércio (+94.572) e serviços (+67.717). Destacam-se o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios com 21.889 postos de trabalho; o comércio varejista de mercadorias em geral – com predominância de produtos alimentícios – com 15.080 vagas; e o comércio varejista de calçados, com 10.579 novos postos.
Já em serviços o destaque do mês foi para informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 40.118 vagas de emprego. Nos três outros grupamentos econômicos que tiveram resultados negativos entre admissões e desligamentos estão a indústria (-6.678), a agropecuária (-18.887) e a construção civil (-30.091), todos associados à sazonalidade das atividades.
No acumulado do ano, por agrupamento, verificou-se crescimento do emprego formal de 1.184.652 empregos nos Serviços (+5,36%). A Indústria apresentou saldo de +422.680 postos de trabalho. O Comércio registrou um saldo de +358.786 postos formais de trabalho. A Construção gerou +200.613 postos formais de trabalho e a Agropecuária também apresenta saldo positivo +57.436 postos de trabalho.
Pelas unidades da federação, o saldo em novembro foi positivo em 21 das 27 delas. Em números absolutos o maior crescimento ocorreu em São Paulo (+ 38.562); Rio de Janeiro (+ 13.810), e Rio Grande do Sul (+ 11.865).
No acumulado do ano São Paulo ampliou o estoque de empregados formais em +647.660, Minas Gerais em +207.494 e, no Paraná (+167.396).
O salario médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89. Comparando o mesmo mês do ano anterior, houve um ganho real foi de R$ 27,34. Para os trabalhadores considerados típicos o salário real de admissão foi de R$ 2.194,87 (2,0% mais elevado que o valor médio), enquanto para os trabalhadores não típicos foi de R$1.865,19 (15,2% menor que o valor médio).
São considerados não típicos os trabalhadores aprendizes, intermitentes, temporários, contratados por CAEPF e com carga horária até 30 horas.