No acumulado do ano, saldo positivo chega a 1,784 milhão de postos de trabalho
No mês de outubro foram criados 190.366 postos de trabalho com registro em carteira assinada em todo o país. Esse total é resultado de uma rotatividade enorme, são 1.941.281 contratados e 1.750.915 demitidos no mês. É o décimo mês seguido em que o país tem saldo positivo de contratações.
A avaliação é de que os números de outubro ficaram um pouco aquém do esperado, mas acima das expectativas do mercado. De janeiro a outubro, os postos de trabalho formais gerados neste ano foram de 1,784 milhão. O salário médio de entrada no mês de outubro foi de R$ 2.029,30.
O total de empregados pela CLT totalizaram 44.229.120 no fechamento de outubro, sendo que 5,493 milhões são considerados atípicos, ou seja, são contratos em regime temporário ou intermitente.
Os dados foram divulgados em coletiva à imprensa do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta terça-feira (28), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de outubro. O ministro assinalou que é o resultado do mês está “entre os 6 melhores outubros da série desde 2002” e manteve a projeção de um saldo de 2 milhões de novos empregos, no acumulado até o final de ano.
Do total dos empregos gerados no mês, 109.939 foram do setor de serviços, com destaque as funções administrativas que somaram 65.128 trabalhadores, junto o subsetor de transporte. No comércio com 49.647 vagas, o destaque foi para o subsetor de vestuário com 5.026 vagas abertas, com relação direta com a expectativa de aumento do consumo na recente Black Friday e nas comemorações de final de ano.
A indústria que começa a desacelerar suas atividades até o final do ano, em meio a uma situação de estagnação, particularmente a indústria de transformação, ainda contribuiu com 20.954 novos empregos. Os segmentos que mais contribuíram para o saldo positivo do mês, com a criação 1.500 novas vagas, foram os voltados para as atividades da produção de açúcar e outras 1.330 da indústria moveleira.
Ao contrário do comércio, a construção civil com 11.480 vagas e a agropecuária com 1.656, também desaceleram no final de ano. A Administração Pública teve na saúde, com 6,0 mil vagas, a maior contribuição do subsetor.
Vinte e seis unidades da Federação registraram saldo positivo na criação de empregos. Por estados, os que mais abriram vagas foram São Paulo com 502.193, Minas Gerais com 187.485 e Rio de Janeiro com um total de 141.981 vagas.