“Vamos manter a previsão de 2 milhões de empregos formais em 2023”, diz o ministro Luiz Marinho
O Brasil registrou a geração de 211.764 postos de trabalho com carteira assinada em agosto, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, nesta segunda-feira (30). Foram registradas 1.917.057 contratações e 1.705.293 demissões em setembro. Em agosto, foram criados 278.023 empregos formais.
Em relação a setembro do ano passado, a queda foi de 23,4%. No acumulado do ano foram abertas 1.599.918 vagas. Resultado 26,6% mais baixo que no mesmo período do ano passado.
Ao divulgar o resultado do Caged, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não descartou a possibilidade de um resultado um pouco menor na geração de empregos formais este ano. Mas ele mantém a projeção de criação de 2 milhões de postos de trabalho em 2023.
Citando as medidas de estímulo à economia e a redução dos juros pelo Banco Central, que segue a conta-gotas, com sérios prejuízos à produção da indústria, às vendas do comércio e o consumo das famílias, Marinho disse que “reorganização dos processos leva tempo maior que o nosso desejo. O mundo real é mais lento que as vontades de governos”.
“Vamos manter a previsão de 2 milhões, sinalizando uma dificuldade, se você analisar friamente os números, aparentemente vamos bater 1,9 milhão”, declarou o ministro em coletiva.
SETOR DE SERVIÇOS LIDERA GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL
O setor de serviços liderou a geração de empregos formais com a abertura de 98.206 postos, puxado pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, O comércio gerou 43.465 postos, seguido pela indústria com a criação de 43.214 postos de trabalho, sendo que a indústria de transformação contratou 41.952 trabalhadores.
A constrição civil abril abriu 20.941 postos e a a agropecuária criou 5.942 vagas no mês de setembro, puxada pela colheita da cana-de-açúcar no Nordeste.
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro, com destaque para o Sudeste com 82.350 postos a mais, seguido pelo Nordeste (75.108 postos), o Sul (22.330 postos), o Norte (16.850 postos) e o Centro-Oeste (14.793 vagas).
O salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.032,07, com uma queda de R$ 8,07 em comparação com agosto (R$ 2.040,14). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi de R$ 13,92.
Com o resultado de setembro, o estoque de emprego formal no Brasil atingiu 44.044.343 empregos.