A criação de emprego com carteira assinada continua muito abaixo do número de empregos gerados antes da recessão econômica do governo Dilma/Temer. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, enquanto o saldo de geração de vagas formais no país foi de 303.535 mil vagas nos primeiros três meses de 2014, o saldo do primeiro trimestre de 2018 foi de apenas 195.161 mil – concentrado no setor de serviços.
O governo chamou de recuperação o saldo positivo do primeiro trimestre de 2018, mas nem de perto o resultado repõe o desastre que foi a perda de 2 milhões, 882 mil e 379 vagas no acumulado dos anos de 2015, 2016 e 2017.
Além da comparação constrangedora, a geração de vagas de janeiro a março de 2018 se concentrou no efeito sazonal (típico para o período) das contratações do setor de ensino por conta do início do ano letivo. Os dados de março – os mais recentes do Caged – mostram um saldo positivo de 56.151 postos de trabalho com carteira assinada, sendo que 18.590 mil desses são do setor de serviços de ensino e 18.816 mil são da extraordinária criação de postos no setor de serviços imobiliários. Enquanto isso a indústria gerou apenas 10.450 mil vagas, a construção civil 7.428 e o comércio fechou 5.878 mil vagas.