Após ser excluído da lista de presidenciáveis de Bolsonaro, governador de Goiás critica a influência dele na direita
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu com críticas ao senador Ciro Nogueira (PI), que é presidente nacional do PP, após ser deixado fora da lista de possíveis candidatos à Presidência apoiados por Jair Bolsonaro (PL) em 2026.
Em entrevista ao O Globo, Ciro citou apenas os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR) como nomes da direita com chances na disputa.
Nas redes digitais, Caiado chamou o senador de “inexpressivo” e o acusou de tentar se viabilizar como vice de Tarcísio:
“A ansiedade de Ciro em se colocar como vice é vergonhosa. Bolsonaro, se quiser um porta-voz, escolherá um filho ou a esposa, Michelle. Não o Ciro, senador de inexpressiva presença nacional, que já jurou amor eterno ao Lula.”
Caiado também ironizou o veto à candidatura dele ao Planalto:
“Não dependo do aval de Ciro Nogueira. A estratégia para derrotar o PT não passará por ele.”
FEDERAÇÃO UNIÃO E PP
A troca de insultos ocorreu pouco depois de União Brasil e PP formarem federação partidária e romperem oficialmente com o governo Lula.
Ciro reagiu às críticas e tentou minimizar o embate:
“Caiado deve estar com tempo livre. Eu não. Nosso adversário é o Lula”.
Paralelamente, Caiado anunciou que o União Brasil discutirá a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), que resiste em deixar o cargo. Sabino, que pretende disputar o Senado em 2026, quer permanecer na pasta até a COP30, no Pará.
No PP, o ministro do Esporte, deputado licenciado André Fufuca (MA), também resiste a sair do governo, mas a legenda descarta expulsá-lo — embora avalie tirá-lo do comando do partido no Estado.
As trocas de ataques e as disputas internas reforçam as dificuldades da direita em construir frente unificada para enfrentar o PT nas eleições de 2026.