
O governador reeleito do Ceará, Camilo Santana, anunciou medidas tomadas para conter a onda de violência nos últimos dias no Estado.
Desde quarta-feira (2), ataques a ônibus, viadutos, órgão público, agência bancária e equipamentos de segurança foram registrados em Fortaleza e na Região Metropolitana. Somente nesta quinta-feira (3) o estado registrou um motim na Casa de Privação Provisória de Liberdade e mais ataques a ônibus.
“Sobre as ações criminosas registradas no Ceará nas últimas horas, informo que todas as medidas estão sendo adotadas pelo Governo do Estado, através das nossas Forças de Segurança, para proteger a população e coibir a ação dos criminosos”, disse o governador pelas redes sociais.
“Determinei reforço de policiamento nas ruas desde a madrugada e, logo após as ações, nove pessoas foram autuadas e outras três estão sob investigação. Estive reunido com toda a cúpula da Segurança Pública e Sistema Penitenciário e reforcei minha determinação de continuar agindo com todo o rigor e dentro da lei para coibir as ações criminosas e estabelecer o total controle das unidades prisionais, conforme todo o planejamento que já vem sendo feito no Ceará”, afirmou.
Camilo informou ainda que conversou por telefone com o “ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, que se colocou à inteira disposição para o apoio necessário, e a quem agradeço”.
“Entendo que o crime organizado ultrapassou as divisas dos estados e que, somente com a ação conjunta dos Estados com o Governo Federal, iremos vencer esse desafio”.
“Reafirmo aqui minha determinação de empregar todo o esforço necessário das Forças de Segurança no nosso Ceará para garantir a segurança dos cearenses, nossa prioridade absoluta”.
O governador cearense destacou três medidas para garantir a segurança no Estado:
1. a nomeação imediata da turma de 220 novos agentes penitenciários, antes prevista para março;
2. a imediata nomeação dos 373 novos policiais militares, já formados, para atuação nas ruas;
3. a solicitação de apoio do Governo Federal, através do reforço de homens da Força Nacional de Segurança, Exército e Força de Intervenção Penitenciária Integrada (FIPI), para trabalhar em conjunto com os profissionais cearenses.
Os ataques aconteceram após o titular da recém-criada Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, declarar em sua posse, dia 1º, que não reconhece facções criminosas e que a divisão de presos por unidades não deve obedecer à lógica que o Governo do Estado tem adotado até aqui, que é a de distribuir os internos segundo seus vínculos com organizações criminosas.