
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, divulgou vídeo denunciando a elevação no preço do diesel e clamou à categoria a combater a alta dos combustíveis.
“Acabei de parar para abastecer meu veículo e fiquei muito indignado. Com esse novo aumento, de R$ 0,40, o preço do diesel vai chegar a R$ 9,00. Gente, não podemos ficar quietos. Eu conheço e sei o quanto isso vai impactar na mesa do trabalhador”, afirmou Landin.
Nesta segunda-feira (9), a Petrobrás anunciou um aumento de 8,87% no preço do diesel. O preço médio do litro a partir de hoje (10) subirá de R$ 4,51 para R$ 4,91 nas refinarias. É o terceiro aumento no ano. Em janeiro, a alta foi de 8% e, em março deste ano, o preço do diesel explodiu em 24,9% nas refinarias. De abril de 2021 a abril de 2022, o diesel já acumula alta de 54,95% para os consumidores finais.
Landin reforça que a principal medida para que se viabilize a redução dos preços é a revisão da política de Preço por Paridade de Importação (PPI), que atrela os preços nacionais ao dólar. Em nota à imprensa, a Abrava diz que “o fantasma da inflação voltou”. “Quando sobe o diesel, os produtos transportados pelos caminhoneiros vão subir no dia seguinte. […] Lembramos que essa luta pelo fim do PPI não é só dos caminhoneiros, mas sim de toda a população brasileira, principalmente os mais vulneráveis e a classe média”, afirma.
A Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (CONFTAC), também se manifestou, ressaltando “a necessidade de um debate entre todos os setores econômicos para se encontrar alternativas ao problema dos transportes”, alertando que a alta do combustível se soma também à alta “de preços nos produtos de manutenção dos veículos que já ocorre há alguns anos”.
“Cada dia que passa me faz acreditar que não podemos ter caminhão. Nós só queremos um preço do diesel justo para que possamos trabalhar, porque com cada aumento do diesel, o preço de tudo aumenta também. Aumenta o diesel, aumenta tudo e só o frete que não aumenta”, afirma Nailton Alves, presidente da filial do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas em Palmeira dos Índios (AL).