Campanha anti-Rússia dos EUA “é para impor expansão progressiva da OTAN”, condena Cuba

Díaz-Canel, presidente de Cuba, condena belicismo de Washington e defende soberania russa e a paz regional e internacional (Luong Thai/AFP)

Em documento divulgado nesta terça-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) apontou que “o esforço dos Estados Unidos para impor a expansão progressiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) até as fronteiras da Federação Russa constitui uma ameaça à segurança nacional deste país e à paz regional e internacional”.

Segundo a chancelaria cubana, é necessário que os EUA e a OTAN atendam de forma “séria e realista” às demandas apresentadas pela Rússia por garantias de atuar pacificamente na região.

O fato, condenou a chancelaria, é que Washington “está ameaçando a Rússia e manipulando a comunidade internacional há semanas” sobre os perigos de uma suposta invasão da Ucrânia, criando um clima de tensão descabido, sabotando a decisão soberana de quem “tem o direito de defender-se”.

O comunicado da Ilha caribenha ressalta que o governo Biden está agindo na contramão da pacificação e do entendimento, atiçando o armamentismo e a polarização descabida. Diferente do discurso, o que o governo estadunidense tem feito na prática, denunciaram os cubanos, é investir na guerra, pois “forneceu armas e tecnologia militar, mobilizou tropas em vários países da região, aplicou sanções unilaterais e injustas e ameaçou outras represálias”. Ao mesmo tempo, acrescentou, “desencadeou uma campanha de propaganda anti-Rússia”.

Ao contrário desta postura belicista, enfatizaram os cubanos, Havana “defende uma solução diplomática por meio de um diálogo construtivo e respeitoso”. “Conclamamos a preservar a paz e a segurança internacionais”, concluiu.

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