O deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ) afirmou que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, “é inimigo do Brasil” por manter a taxa básica de juros (Selic) nas alturas para atrapalhar o crescimento do país.
O deputado afirmou que Roberto Campos Neto precisa deixar a chefia do BC “o mais rápido possível”.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu em sua última reunião diminuir em apenas 0,5 ponto a taxa Selic, deixando-a em 11,25% ao ano.
“Apesar dos cenários de queda na inflação tanto no Brasil quanto no exterior, o BC ainda insiste em ser contra o crescimento do PIB nacional”, comentou Lindbergh.
“Se você não acredita que o BC é contra o Brasil, olha o que a Ata [do Copom] diz: ‘atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia esperado pelo Comitê’”, denunciou o parlamentar.
“Sim, isso mesmo! Cenário de desaceleração da economia esperado pelo Comitê! Isso é um grau de absurdo sem tamanho! Campos Neto tem que sair do BC o mais rápido possível para que o Brasil volte a crescer e se desenvolver!”.
Já com queda na inflação, o bolsonarista Roberto Campos Neto conseguiu manter a taxa Selic em 13,75%, a mais alta do mundo, até agosto de 2023. Os gastos federais para pagar os juros espremem o orçamento e impedem investimentos, avaliam economistas.
Os juros só começaram a cair por conta da forte pressão feita pelo governo Lula, por empresários e por movimentos sociais.
Em 2020, a Selic (taxa básica de juros) chegou a estar em 2% e permaneceu assim até março de 2021. Mas em agosto de 2022 o BC catapultou a taxa que chegou no pico de 13,75%.