Já não basta o PT ter capitaneado a aprovação da lei eleitoral mais continuista e antidemocrática do planeta, que inclusive concede a cada dois anos mais de R$ 1,5 bilhões de dinheiro público aos partidos envolvidos na Lava Jato, sob a cínica alegação de que com isso não precisarão mais recorrer à corrupção para financiar suas campanhas eleitorais.
Agora, esse mesmo PT quer impor a candidatura de Lula na marra, fazendo do Brasil um país sem lei.
Como nem eles acreditam que o ex-presidente já condenado a nove anos e meio possa ser absolvido na segunda instância (o TRF-4), o alvo é a Lei da Ficha Limpa, que impede o registro de candidatos condenados em segunda instância.
Anular a Lei da Ficha Limpa para permitir o registro da candidatura de um viciado em práticas de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e formação de quadrilha seria o colapso total do Estado Democrático de Direito.
Lula não está acima de ninguém e não recebeu de ninguém, muito menos do povo, licença para roubar. Portanto, antes de novos voos políticos, o que lhe caberia fazer é acertar as contas com a justiça.
Mas é exatamente isso que ele vem barrigando, com muita conversa fiada. Enquanto publicamente o santarrão se declara inocente de todas as acusações, mesmo as mais evidentes, à boca pequena ele diz que se não tivesse feito o que fez não teria obtido maioria no Congresso para aprovar os projetos de interesse popular.
É mais uma de suas falácias.
Ele sabe melhor do que ninguém que sua capacidade de obter parceiros privados para assaltar o Estado em escala cada vez mais ampla cresceu na razão inversa da defesa dos interesses nacionais e populares e na razão direta do apoio aos interesses do imperialismo e seus satélites no país – a saber, a banda podre da burguesia brasileira.
Essa é a verdade, o resto é aquela fraseologia de esquerda na qual o PT se especializou para encobrir ações de direita.
SÉRGIO RUBENS
Show midiático do judiciário – Tudo combinado?
Até agora não há sinal disso, leitor. Pelo contrário: a reclamação de Lula é que o juiz Moro não o deixou perpetrar o seu show midiático.