Após aumento autorizado pelo governo nas refinarias, diesel atinge maior valor nominal desde 2004, diz ANP
Os preços do diesel e da gasolina explodiram nos postos esta semana e bateram recorde, após os últimos aumentos autorizados pelo governo nas refinarias da Petrobrás.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta sexta-feira (24), o litro do diesel – que teve alta na refinaria de 14,26% em 17 de junho – ficou mais caro do que o da gasolina pela primeira vez desde 2004. O valor médio do litro do diesel passou de R$ 6,906 para R$ 7,568, um aumento de 9,6%. O maior valor encontrado foi de R$ 8,950 o litro do diesel no município de Cruzeiro do Sul (AC).
Já o preço médio do litro da gasolina – que aumentou 5,18% nas refinarias – avançou de R$ 7,232 para R$ 7,39, uma alta de 2,2%. Na cidade de São Paulo, atingiu o maior valor: R$ 8,890.
São os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para a gasolina e o diesel desde 2004, quando a agência passou a fazer levantamento semanal de preços.
Enquanto Bolsonaro troca pela quarta vez o presidente da Petrobrás, encenando combater os preços elevados dos combustíveis, os aumentos não param fazendo explodir a carestia. Assim como tenta culpar os governadores, penalizando os serviços públicos ao povo e tirando recursos do ICMS dos estados e municípios.
O ICMS está congelado desde novembro do ano passado e os preços continuaram subindo. Apenas em 2022, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras acumula alta de 68% e o da gasolina é de 31%.
Pura encenação: muda presidente da Petrobrás, mas não mexe nos preços dolarizados.