Faleceu neste sábado (25) em Vitória (ES), o deputado constituinte e ex-prefeito de Vila Velha e Cariacica, Vasco Alves. Ele enfrentava um câncer no estômago desde o ano passado e morreu em decorrência dele. Vasquinho, como era carinhosamente conhecido pelo povo capixaba, já estava internado em um hospital de Vitória desde o último dia 17.
No último 18 de abril, sua família iniciou uma campanha entre amigos e familiares pedindo doação de sangue. Por mensagens de aplicativo de celular explicavam que Vasco estava na CTI, fazendo sessões diárias de transfusões e hemodiálise.
Vasco governou os municípios de Vila Velha entre 1983 e 1987 e Cariacica entre 1989 e 1992. O político também foi deputado federal pelo Espírito Santo entre 1987 e 1989.
Em 2016, Vasco Alves foi candidato à prefeitura de Vila Velha pelo Partido Pátria Livre (PPL).
CONTRIBUIÇÃO
O governador do ES, Renato Casagrande (PSB), lamentou em suas redes sociais a perda do político capixaba.
“Acabo de receber a triste notícia do falecimento do amigo, Vasco Alves. Uma figura de destaque na política capixaba. Um líder carismático e uma popularidade diferenciada. Deixa uma contribuição valorosa ao ES e muitas e boas histórias. Aos amigos e familiares, minha solidariedade”, publicou o governador.
O prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), decretou luto oficial na cidade. Max Filho destacou que Vasco Alves deixa um importante legado para a cidade de Vila Velha. “Era uma figura popular, querida e sensível e, principalmente, ligado aos mais carentes. Fica um sentimento de grande perda”, disse.
A senadora capixaba Rose de Freitas (Podemos) destacou o envolvimento do ex-prefeito com as populações mais carentes.
“Vasco sempre foi uma liderança popular. Toda atividade política dele foi buscando representar as lutas das populações mais carentes. Onde tinha o povo, onde o povo passava dificuldade, onde havia causas representativas do povo, lá o Vasco estava.”
A parlamentar também falou do prestígio do político e de suas habilidades: “Ele sabia dialogar, conviver com as pessoas. E ele teve sempre todo o respeito da classe política. Temos a perda de uma das últimas lideranças populares do Espírito Santo. Vasco era um homem generoso e que gostava da verdade: não praticava demagogia política. Ele vai fazer muita falta no cenário político capixaba”.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede), Vasco “deixa um importante legado com sua trajetória política no Espírito Santo. Que Deus conforte os familiares e amigos”.
O ex-parlamentar Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania23, manifestou-se no Twitter: “Fomos constituintes e antes disso resistentes contra a ditadura. Um grande perda”, escreveu Freire.
Miguel Manso que foi secretário de Organização do PPL até a sua incorporação ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – onde atualmente é membro do Comitê Central da legenda – lamentou o falecimento do companheiro.
“Vasco Alves foi um grande lutador, foi deputado federal constituinte e prefeito de duas importantes cidades do Espírito Santo. Foi acima de tudo um grande homem. De caráter exemplar. Foi presidente do Partido Pátria Livre no estado e candidato pelo PPL, além de membro da Executiva Nacional do partido. Dr. Vasco segue conosco para sempre. Descanse em paz. Nosso abraço à família que ele tanto amava”, publicou Miguel, em suas redes sociais.
O ex-governador Paulo Hartung (MDB) também se manifestou em nota: “É com profundo pesar que recebo a notícia do falecimento de Vasco Alves, ex-prefeito de Vila Velha e Cariacica. Vasco fez parte de uma geração que lutou pelo retorno da democracia em nosso país. Como homem público, ocupou funções de destaque na política do Estado, com um olhar sensível para a bandeira do combate às desigualdades sociais. Deixo aqui os meus mais sinceros sentimentos à família e aos amigos”.
Rita Camata, que foi deputada federal e correligionária de Vasco Alves, na Câmara Federal, nos anos 1980, lamentou a morte e falou sobre a perda. “Vasquinho tinha um estilo bem próprio de fazer política e foi reconhecido por isso: homem popular, de hábitos simples e firme no que acreditava. Com ele não tinha a promiscuidade entre o público e o privado. Num momento político tão turbulento como o que passamos, a gente pode falar dele com ética e valores morais.”