O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, continua a limpa no órgão e autorizou nesta quinta-feira (27) a demissão de mais 58 servidores do órgão.
Cappelli já havia exonerado 29 servidores na quarta (26). A medida faz parte da renovação dos quadros do GSI determinada pelo presidente Lula.
“Dando prosseguimento à renovação do quadro de funcionários do GSI, autorizei a exoneração de mais 58 servidores. As dispensas serão publicadas na próxima edição do ‘Diário Oficial da União'”, escreveu o ministro interino.
Ao todo, Cappelli já exonerou 87 funcionários do órgão nos últimos dias.
VACINA
Cappelli também informou que irá editar uma portaria para obrigar os servidores do órgão a apresentar comprovante de vacinação atualizado contra a Covid.
“Estamos editando portaria que obriga os servidores do GSI a apresentarem esquema vacinal atualizado da covid-19. Quem mantém contato com o presidente da República deve cumprir o que orientam as autoridades sanitárias”, escreveu em uma rede social.
Segundo o ministro interino, a medida facilitará a identificação de bolsonaristas fanáticos na pasta.
Cappelli foi nomeado para substituir o ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, que pediu demissão após a divulgação de imagens em que ele aparece dentro do Palácio do Planalto no dia dos ataques, no 8 de janeiro.
Em rede social, o ministro interino defendeu o general Gonçalves Dias e denunciou os auxiliares de Bolsonaro, Augusto Heleno e Braga Neto, como responsáveis pelos ataques.
“Eu sei o que vi e ouvi comandando as tropas no dia 8/1. Não é possível falsificar os fatos criando uma narrativa a-histórica como tentam fazer extremistas terraplanistas. Onde estão Heleno e Braga Neto? Se há um general conspirador e golpista, certamente não é o honrado G. Dias”, escreveu Cappeli.