O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) declarou que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, não tem qualquer poder e que os votos de Ricardo Nunes (MDB) para a Prefeitura de São Paulo vieram de seu pai, Jair Bolsonaro.
“Se meu pai apontasse e falasse: ninguém escuta Tarcísio, o Tarcísio não ia ter poder”, disse Carlos.
Jair não se engajou na candidatura de Nunes e flertou com a de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar e não disputa o segundo turno. Nunes ficou em primeiro com 29,48% dos votos, seguido por Guilherme Boulos, com 29,07%. Marçal obteve 28,14%.
Em entrevista ao UOL, Carlos Bolsonaro defendeu que o avanço de Ricardo Nunes para o segundo turno se deve ao apoio, ainda que tímido, de Jair, e não do governador Tarcísio.
“Acredito que os votos que foram para o Nunes tenham vindo do meu pai, não do Tarcísio. Até porque se meu pai apontasse e falasse: ninguém escuta Tarcísio, o Tarcísio não ia ter poder”, falou o vereador.
“O sistema vai falar que foi Tarcísio que botou [Nunes no segundo turno]. Mas quem era Tarcísio?”, questionou o vereador do Rio de Janeiro.
“Com todo respeito ao governador, tenho uma grande admiração por ele. Quando o meu pai falou que ele tinha chance de ser governador de São Paulo, ele falou: mas sou carioca, torcedor do Flamengo, o que vou fazer lá? E foi eleito governador de São Paulo. Falar que foi mérito exclusivo dele, pelo amor de Deus”, alegou.
Para Carlos, “há uma tentativa gigantesca de fazer com que o Tarcísio se sinta um cara, mais uma vez, para se afastar do meu pai e as pessoas desconfiam disso”.
“Mas acredito que no final alguma coisa pode mudar e o sistema quebrar a cara de novo. Ele e meu pai se dão muito bem. Pode ser que alguma coisa… Não vou abrir o jogo para você, não posso falar muita coisa. Mas é uma estrutura montada para destruir o Bolsonaro”, continuou.
Carlos Bolsonaro defendeu a pouca participação de seu pai nas eleições de São Paulo. Segundo ele, Jair “não se furtou em nenhum momento a falar que estava apoiando Nunes”.
“As pessoas ficaram muito focadas em São Paulo. Mas você tem que ocupar outros espaços também. Sua vida não se decide só em São Paulo. Ele [Jair] teve essa leitura”, falou.
“Não se furtou em nenhum momento a falar que estava apoiando Nunes, mas é sempre a cobrança de que tinha que ter feito mais. Rodou o país inteiro, conseguiu eleger e colocar no segundo turno pessoas que talvez não tivessem avançado se não estivessem com ele”.
Carlos Bolsonaro foi eleito para seu sétimo mandato na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
O povo brasileiro tem de ter em mente que; ser liderado por alguém é plausível; mas servir de marionete para oportunistas de carteirinha; aí já é perder sua identidade de cidadão. Ser águia sim, ser galinha, nunca.