O filho “02” de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, reclamou que tem sido “tratado de modo que nem um rato merecia” por seus próprios aliados e anunciou que vai parar de tomar conta das redes sociais de seu pai.
Carlos Bolsonaro, mais chamado nas redes sociais por “Cfarluxo”, usou o Twitter para desabafar.
“Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria”, reclamou o vereador do Rio de Janeiro.
Carlos Bolsonaro disse que “não acredito mais no que me trouxe até aqui”.
“Informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida voluntariado. Pretendo entrar em novo ciclo de vida com foco pessoal”, publicou.
“Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas. Não sairei sem avisar. Até lá tentarei me manter como sempre, sozinho, mas com muita energia. Nada impulsivo, apenas justo e olhando pra frente em numa nova fase de vida!”, completou.
Por anos, ele coordenou o chamado “gabinete do ódio”, que dissemina fake news e ataca a reputação, com mentiras, de adversários políticos de seu pai.
Segundo a Polícia Federal, trata-se de “um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos)”.
“Os ‘espantalhos’ escolhidos eram previamente eleitos pelos integrantes da organização. A partir daí, difunde-se as postagens de ataque por múltiplos canais de comunicação, (…), consistente no amplo emprego de vários canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”, explicou em relatório a PF.
O gabinete organizado por Carlos Bolsonaro se divide nos núcleos de “publicação”, “financiamento” e “político”, “com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”, apontou o juiz Aírton da Veiga, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, em manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Carlos Bolsonaro também cultivou brigas com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro. Em uma disputa de influência sobre Bolsonaro, Michelle proibiu Carlos de ir ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
Depois da derrota nas eleições, Carlos usou as redes sociais de Jair e parou de seguir Michelle. “Conforme o Jair já explicou em várias ‘lives’, quem administra essa rede não é ele”, disse MIchelle Bolsonaro.