O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho “zero dois” de Jair Bolsonaro, mantém em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio três assessores investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) no caso das “rachadinhas”. Todos recebem salários acima de R$ 10 mil.
O esquema das “rachadinhas” consiste em desviar parte dos salários pagos aos servidores.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, os três suspeitos de participar no esquema investigado pelos promotores tiveram sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça em maio deste ano.
O MP do Rio suspeita que os assessores são funcionários “fantasmas”, nomeados para devolver os salários. Apesar de formalmente empregados, eles não prestariam serviço no gabinete.
Por isso, a Promotoria investiga se havia uma rotina de repasses ou saques dos rendimentos em favor de Carlos Bolsonaro.
A apuração envolve Jorge Luiz Fernandes, chefe do gabinete de Carlos e Regina Célia Sobral, esposa do servidor, que não é apontado como “fantasma”, mas o MP apura se sua mulher foi nomeada apenas para fazer parte do esquema. O terceiro investigado é Edir Barbosa Goés.
Fernandes ganha R$ 23.400; Regina R$ 13.300; e Edir R$ 16.900.
O MP também investiga oito ex-funcionários do vereador que teriam ocupações incompatíveis com o trabalho de assessor.
Em registros do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), os investigadores encontraram evidências que parte deles tinha vínculo empregatício com outros locais enquanto atuavam como assessores.
Além do próprio Carlos, o Ministério Público investiga outras duas pessoas que ocuparam a chefia de gabinete durante os 20 anos de mandatos consecutivos do vereador.
São elas: Guilherme Henrique de Siqueira Hudson e a segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.