
O advogado de Donald Trump, Martin De Luca, fez publicações em suas redes sociais pressionando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que paute o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo Trump quer perseguir com sanções o senador Davi Alcolumbre e o ministro Gilmar Mendes por não terem se submetido aos interesses mafiosos dos Estados Unidos.
Em uma das postagens, o assecla trumpista, Martin De Luca, disse que a “pressão internacional pode fazer milagres”, admitindo a tentativa de ingerência dos EUA sobre a democracia brasileira.
A pressão ocorre porque Alcolumbre falou publicamente que não vai pautar o pedido de impeachment, que, segundo os bolsonaristas, tem a assinatura de 41 senadores. É prerrogativa do presidente do Senado decidir pautar ou não um pedido como esse.
“Se até mesmo a unanimidade no Senado é irrelevante, para onde o Brasil está indo?”, reclamou De Luca.
“Chega de guerra jurídica. O Senado brasileiro agora tem maioria pedindo a destituição de Moraes. Cada dia de atraso sinaliza que um homem [Alexandre de Moraes] é intocável e causa danos irreparáveis às instituições brasileiras”, continuou.
Dizendo-se preocupados com a democracia, Donald Trump e seus aliados querem que o Judiciário brasileiro se submeta ao governo dos Estados Unidos e pare o processo contra Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado.
O jagunço trumpista ainda se arrogou em dar ordens ao presidente do Senado do Brasil: “É hora de parar de brincar de esconde-esconde com a democracia. Coloque o impeachment na pauta, leve em conta o que Moraes vem fazendo há anos, debata abertamente e deixe os votos decidirem”.
De acordo com Bela Megale, do Globo, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vai se reunir com autoridades dos EUA para pedir sanções contra Alcolumbre e Gilmar Mendes, decano do STF. A interpretação dos bolsonaristas, aliados dos EUA, é de que os dois se “aliaram” a Moraes.