
Na Carta à Comunidade Judaica, lançada no dia de Rosh Hashanah, Ano Novo Judaico, os pré-candidatos do PCdoB em São Paulo, Mariana Moura (vereadora) e Orlando Silva (prefeito) expressam sua rejeição ao antissemitismo e todas as formas de racismo e discriminação, assim como o apoio ao anseio dos que querem a paz com justiça
“Desta forma, comprometemo-nos a assumir em nossos mandatos a luta inequívoca e constante contra todas as formas de antissemitismo, de acordo com as melhores tradições históricas das forças progressistas e democráticas”, diz a Carta à Comunidade Judaica que Mariana e Orlando lançaram no dia 18 de setembro, quando os judeus celebram a entrada do Ano Novo de 5781.
Ao mesmo tempo em que destacam o desconforto provocado no interior desta comunidade com “o uso de símbolos judaicos e bandeiras de Israel na tentativa de legitimar posturas antidemocráticas por parte de bolsonaristas”, os pré-candidatos rejeitam as manifestações de antissemitismo que acontecem no interior das mais diversas correntes políticas – inclusive, em alguns casos, as que se identificam como à esquerda. Eles colocam seus mandatos à disposição de um diálogo construtivo no sentido de superar a incompreensão quanto ao “papel de amplos setores desta comunidade para a defesa de princípios justos em nosso país”.
Atuando na cidade de São Paulo, que abriga as maiores comunidades judaica e árabe do nosso país, os pré-candidatos destacam o compromisso de colocar seus mandatos a serviço de uma paz justa entre israelenses e palestinos com base na Solução dos Dois Estados e nas Resoluções da ONU e de acordo com a tradição da diplomacia brasileira, abandonada pelo atual governo.
“É um texto histórico que abre um debate que precisa ser feito com os judeus progressistas e que está começando”, afirma o antropólogo Michel Gherman, diretor do Instituto Brasil Israel e coordenador – em conjunto com a professora Mônica Grin – do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ.
