54A Casa Branca emitiu uma ordem na segunda-feira proibindo a venda da Qualcomm – principal produtora de chips para smartphones – a empresas de capital estrangeiro. O negócio envolveria US$ 146 bilhões e seria a maior transação da história do setor de tecnologia. Conforme informações do Wall Street Journal, desconfiado de que por trás de tudo estariam os chineses, Trump decidiu comunicar à Broadcom, de origem em Cingapura, que desistisse da aquisição.
“Há provas que me levam a acreditar que ao adquirir a Qualcomm, a Broadcom pode tomar medidas que ameaçam prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos”, declarou Trump, que emitiu uma ordem presidencial vetando o negócio. Da mesma forma que com a Qualcomm, “está proibida qualquer fusão ou aquisição substancialmente equivalente”.
COMITÊ DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
A proposta vinha sendo estudada pelo Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA, agência vinculada ao Departamento do Tesouro e que analisa as implicações das aquisições de empresas norte-americanas por multinacionais. Esta é a quinta vez que um presidente estadunidense impede uma transação empresarial com base nas objeções levantadas pela agência e a segunda operação bloqueada por Trump.
Os militares dos EUA também teriam manifestado receio de que se o negócio com a Broadcom fosse concluído, em 10 anos haveria fundamentalmente uma empresa dominante nestas tecnologias e “as operadoras norte-americanas não teriam escolha de quem comprar os equipamentos”.
Enquanto nos Estados Unidos o governo defende até sua indústria de microprocessadores para telefones, no Brasil o próprio governo escala ministros para tramar a entrega do controle da Embraer – fabricante de aviões – à norte-americana Boeing.