O ex-jogador de futebol e comentarista, Walter Casagrande, afirmou que a Carta pela democracia “foi importante para despertar nas pessoas o entendimento real do risco que a nossa democracia está correndo”.
A Carta foi apresentada ao público nesta manhã de quinta-feira (11), no Largo de São Francisco, em grande ato na Faculdade de Direito da USP, que teve a participação do ex-jogador.
“Nós estamos no mundo das redes sociais, tem muita gente se manifestando no Brasil pelas redes sociais. Eu que sou de outra geração, eu tinha dúvida se as pessoas iam sair para rua, seu iam ficar só nas redes sociais, não iam marcar presença num ato pró-democracia”, declarou o comentarista.
Casagrande disse que estava feliz com a participação popular e lembrou a luta pela anistia na ditadura e os atos das Diretas Já! no início da década de 80.
“Eu estou muito satisfeito, muito feliz de ver as pessoas na rua, no Brasil todo. Nem cabendo aqui dentro [do pátio da Faculdade de Direito da USP]. Pela luta e pela democracia. Eu que vim da época da anistia, da primeira eleição direta para governador em 82, das Diretas de 84, eu sou acostumado com multidão na rua lutando por democracia”.
“E eu tinha dúvida se essa geração mais nova iria fazer isto, e eles estão fazendo. Então, o que demonstra isto aqui é o seguinte: a democracia não tem cor, não tem raça, não tem gênero, não tem classe social. Todo mundo é igual quando luta é pela democracia, não tem idade. Todo mundo é jovem”, declarou.
“Eu estou bastante emocionado aqui. Da última vez que eu me manifestei em massa foi em 13 de abril de 1984, um dia depois que fiz 21 anos e era no Anhangabaú pelas Diretas já! Depois de 38 anos eu estou aqui no meio da multidão de novo. Para mim era desnecessário lutar pela democracia, mas já que é preciso, estamos aí”, concluiu.