Mais uma denúncia da atuação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para beneficiar o Banco Master, veio à tona.
Desta vez trata-se de o Master, que teve sua liquidação decretada pelo Banco Central no mês passado devido a gestão fraudulenta, ser o operador do cartão de benefícios Credcesta, de empréstimo consignado para servidores públicos estaduais e aposentados.
Mesmo com todos os alertas, inclusive do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), de que a instituição financeira era insegura e estava em crise, o Banco Master esteve diretamente ligado ao Credcesta até julho deste ano.
A partir de julho, a operação passou ao banco Pleno, instituição também investigada pela Polícia Federal por envolvimento em fraudes ao Sistema Financeiro e que, “coincidetemente”, pertence a Augusto Lima, ex-sócio de Daniel Vorcaro, dono do banco Master.
Em benefício do Master, a gestão Castro já havia investido R$ 1 bilhão do RioPrevidência (entidade que gerencia o dinheiro da aposentadoria de 235 mil servidores fluminenses) e R$ 200 milhões da Cedae -, que flexibilizou suas regras de aplicações financeiras imediatamente antes de comprar, no fim de 2023, R$ 200 milhões em papéis do Banco Master.
A operação do Credcesta pelo Master se deu a partir de um decreto assinado pelo governador Cláudio Castro, em 2021, e do despacho do secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, autorizando que o serviço de crédito consignado fosse gerido pela empresa PKL One Participações – que operava o cartão para o Master.
Após a solvência do banco Master, a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE) solicitou à Justiça a retenção dos repasses de consignados como forma de garantir eventual ressarcimento ao Rioprevidência, e a Justiça concedeu a liminar determinando a retenção imediata dos valores que seriam repassados ao Credcesta e ao Banco Master.











