(HP, 15/07/2016)
Há discussões que parecem se repetir ao longo dos anos – sobretudo quando o conhecimento do passado torna-se fosco.
Na década de 30 do século passado, o professor Antenor Nascentes, do Colégio Pedro II, culminou uma revolução nos estudos da língua portuguesa. Seu foco era a existência de um idioma...
CARLOS LOPES
(HP, 13/07/2016)
Uma vez, ao fim de uma história em quadrinhos, fui pego (é isso: pego) por um poema na contracapa da revista:
“Eu nasci/ pra viver numa casa avarandada,/ cheia de samambaias,/ num subúrbio qualquer da Leopoldina,/ ali por Brás de Pina/ ou Vigário Geral./ Ser funcionário dos Correios,/...
(HP, 08/07/2016)
O artigo que publicamos hoje nos foi sugerido pela confusão que o governo Temer aprontou na Funai. Mas o espantoso é a sua data – e o seu autor.
Aparecido no “Correio Mercantil”, do Rio de Janeiro, a 13 de dezembro de 1851 – portanto, há mais de um século e meio – com o título...
(HP, 29-30/06/2016)
Em julho de 1945, Graciliano Ramos publicou um pequeno artigo, “O fator econômico no romance brasileiro”. Até ler o que Marcus Vinicius escreveu sobre o seu trabalho (na composição da trilha da peça “Os Azeredo mais Os Benevides”), não nos tinha ocorrido estender as considerações de...
(HP, 01/06/2016)
Ao verificar a trajetória de músicos como Naná Vasconcelos e Papete, é forçoso concluir que a busca por uma cultura nacional-popular, ao contrário do que dizem certos falastrões equivocados, não se confunde com a defesa dos valores artesanais, do passadismo canhestro, da rusticidade ‘folquilórica’,...
(HP, 27/05/2016)
Com a publicação deste conto, “O caso da vara”, de Machado de Assis, incluído no livro “Páginas Recolhidas”, de 1899, encerramos nossa homenagem ao 13 de Maio.
A escravidão foi um assunto recorrente, como procuramos demonstrar, na obra de Machado. Mas poucos trechos de sua obra desmentem de forma...
CARLOS LOPES
(HP, 13 a 25/05/2016)
A relação entre Machado de Assis e a luta pela abolição da escravatura tem sido um tema constante, em geral polvilhado de equívocos e – mesmo – preconceitos, em nossa história literária. Como escreveu o próprio Machado, em uma de suas matérias jornalísticas que antecederam o 13...
Josué Guimarães é um autor importante na história da literatura brasileira.
Surpreendentemente, sua obra ficcional, iniciada com o livro de contos “Os Ladrões” (1970), foi toda criada após o golpe de 1964, quando Josué enfrentou uma odiosa perseguição – durante um tempo, viveu na clandestinidade, até ser preso...
(Letras do HP, 30/09/2015)
O dramaturgo, ficcionista e poeta Jorge Rein tem compartilhado, em redes sociais, pequenas narrativas em prosa, poemas bem escritos e argutas reflexões, dizendo aos amigos, como a dar de ombros, que “são textos que não vou publicar” [em livro], lá muito do jeito dele, de uma modéstia...
(HP 10/04/2015)
É curioso como a chamada “indústria do entretenimento” dos EUA, especialmente o cinema, foi dominada, há poucas décadas, pelos “remakes” – isto é, refilmagens – e filmes sobre personagens de histórias em quadrinhos. Usamos a palavra “curioso” porque, aparentemente, é ilógico refilmar,...