
Na França, a população saiu em protesto contra o ato de pirataria de Israel, que atacou um barco que carregava ajuda humanitária para povo de Gaza. A tripulação da Flotilha da Liberdade, Madleen, foi sequestrada em águas internacionais pela marinha de Israel para impedir que qualquer ajuda humanitária chegue a Gaza.
Mais de 200 manifestações eclodiram por toda a França, nesta segunda-feira (9), somente em Paris centenas de milhares se concentraram para protestar os crimes do regime genocida de Israel, que está matando de fome e bombardeando 2 milhões de palestinos na Faixa de Gaza.
Na Praça da República, o mar de manifestantes protestaram contra mais uma violação dos direitos humanos perpetrada por Israel. A embarcação estava tentando levar ajuda humanitária a Gaza, tentando furar o bloqueio imposto pelas forças israelenses, um bloqueio ilegal que está matando palestinos de fome.
A polícia francesa tentou dispersar os manifestantes, mas encontrou resistência de pessoas indignadas com a brutalidade de Israel.
“Em Marselha, Toulouse, Estrasburgo, Paris – em todos os lugares – a polícia está com o pé atrás com o início das manifestações ilegais,” disse Denis Godard ao site de notícias britânico, ‘Socialist Worker’.
“Em Toulouse, a multidão entrou na praça principal no centro da cidade, na qual as autoridades proibiram as pessoas de se manifestarem por meses.”
No Porto de Marselha, milhares de manifestantes apareceram para dar apoio a Gaza e à tripulação do Madleen, também apoiando os estivadores que se negam a embarcar armas a Israel.
Em Montpellier mais de 2000 manifestantes e em Bordeaux, mais de 1000. Manifestações se espalharam pelas cidades de Lyon, Rennes, Saint-Etienne. Protestos espontâneos, lotando as ruas francesas de pessoas indignadas pela barbárie israelense contra a população palestina em Gaza e na Cisjordânia.
THIAGO D’ÁVILA COMEÇA GREVE DE FOME
A tripulação a bordo do barco, entre eles a ativista Greta Thunberg, a deputada do parlamento europeu, Rima Hassan, e o ativista brasileiro Thiago Ávila, foi sequestrada em águas internacionais, e levada a Israel. Greta e mais três que estavam no barco foram deportados. Outros oito, que se negaram a assinar os documentos para deportação – pelo qual teriam que admitir uma transgressão às leis israelenses e que não mais tentariam pisar em solo israelense – continuam presos.
Thiago D’Ávila iniciou uma greve de fome em protesto contra o sequestro seguido de prisão.

A defesa dos ativistas solidários ao povo palestino diz que a linha de ação deles primará por apontar que o gesto humanitário dos integrantes da missão do Madleen se apoia na legislação internacional e, ao contrário, o que é ilegal é o sequestro do barco e a interrupção do seu intuito de salvação dos que enfrentam fome e sede em Gaza.
A ação organizada pela ‘Coalizão Flotilha da Liberdade’ (Freedom Flotilla Coalition), pretendia levar ajuda humanitária a Gaza e furar o bloqueio imposto por Israel. Segundo a direção da organização, o barco Madleen foi “interceptado à força pelos militares israelenses às 3h02 em águas internacionais; o navio foi abordado ilegalmente, sua tripulação civil desarmada sequestrada e sua carga salva-vidas – incluindo fórmula para bebês, alimentos e suprimentos médicos – confiscada.”