A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) convocaram uma greve e mobilização em várias cidades do país, para o dia 15. A iniciativa é um rechaço às centenas de demissões perpetradas nos últimos dias em importantes centros de pesquisa e de saúde do Estado como ocorre no Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), o Hospital Posadas, na ameaça de fechamento da indústria Fabricações Militares da cidade de Azul, Fanazul, e no Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar, Senasa, entre outros.
Os dirigentes sindicais anunciaram a greve em coletiva de imprensa na sede do INTI, que permanece ocupada pelos trabalhadores há vários dias, em repúdio a 250 demissões. Hugo Godoy, secretário geral da ATE, afirmou que o governo de Macri tem que parar com essa sua política de sucatear o Estado e abrir as portas às multinacionais .
“No dia15 vamos fazer uma jornada de luta, com greve de todas nossas empresas e organizações e uma mobilização puxada pelos companheiros do INTI, do Posadas, de Fabricações Militares, açucareiros, indústria farmacêutica, jornalistas”, declarou Ricardo Peidró, secretário adjunto da CTA Autônoma.
Em ampla reunião com a presença da Confederação Geral do Trabalho (CGT), representada por Hugo Moyano, dos dirigentes dos dois setores da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), Hugo Yasky e Pablo Michelli, além de outros sindicatos e movimentos sociais, foi aprovada uma marcha contra o arrocho do governo para o dia 21 de fevereiro.
“Esta é uma reivindicação legítima dos trabalhadores. A mensagem ao presidente é que, com esse modelo econômico, está excluindo milhares de trabalhadores”, assinalou o líder do Sindicato dos caminhoneiros, Moyano.
O secretário geral da CTA dos Trabalhadores, Pablo Michelli, expressou: “Viemos fazer uma mensagem de unidade para todos os trabalhadores do país. Aqui não se salva nenhum sindicato nem movimento social sozinho. Temos que sair nas ruas e lutar todos juntos”.