
Na próxima quinta-feira (22), as centrais sindicais farão mobilização contra a reforma da Previdência em todo o país. A mobilização inclui assembleias e panfletagens de materiais como jornais, cartilhas, vídeos e artes para as redes sociais, produzidos pelas entidades.
O dia nacional de luta contra a reforma da Previdência foi definido no último dia 12, em plenária que reuniu as centrais CTB, CGTB, UGT, CSB, CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical e NCST.
A campanha das entidades é uma resposta à ameaça de que a reforma de Temer, que tramita no Senado, possa ser colocada em votação ainda este ano mas, principalmente, à proposta de reforma de Bolsonaro, que consegue ser ainda pior.
Conforme já divulgado pela sua equipe econômica, ele pretende implantar o modelo de capitalização, que nada mais é do que privatizar a Previdência e injetar recursos no mercado de capitais, deixando os trabalhadores à mingua, à exemplo do que ocorre no Chile, onde o modelo de capitalização é exemplo de fracasso.
Conforme afirmou o dirigente da Confederación Fenpruss (Confederación de Profesionales de la Salud), Mário Reinaldo Villanueva Olmedo, que esteve na reunião da centrais no dia 12 para dar subsídios às entidades, “no Chile os fundos de pensão privados fracassaram. Não cumpriram seu objetivo, pois não dão pensões dignas”.
Ele explicou que o trabalhador recebe 33% do que recebia antes de se aposentar, e as mulheres menos ainda, apenas 25%. “Hoje, cerca de 2,5 milhões de pessoas recebem aposentadorias inferiores a um salário mínimo”, disse.