As centrais sindicais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP – Conlutas, Intersindical e CGTB) se reuniram na terça-feira (15) para construir um calendário de lutas para o ano de 2019.
O dirigentes sindicais, reunidos na sede do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (Dieese), em São Paulo, lançaram uma nota convocando uma Plenária Nacional e Unitária das Centrais para o dia 20 de fevereiro, em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria.
Em outro ponto da nota as centrais orientam a organização de “plenárias estaduais e assembleias de trabalhadores para construir a mobilização, decidirem formas de luta, greves e paralisações, para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques à aposentadoria”.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse que “na batalha da Reforma da Previdência é preciso analisar no detalhe, para enfrentar a disputa de narrativa nas redes e nas ruas e revelar o brutal ataque que esconde essa proposta.”.
Adilson completou dizendo que “precisamos enfrentar o canto da sereia com debate político, muita mobilização e trabalho”, se referindo ao suposto “déficit” na previdência, fabricado e alardeado pelos Bolsonaristas. (https://horadopovo.org.br/a-fabricacao-do-deficit-da-previdencia/)
“Agora, esse governo quer consagrar o regime de capitalização na Previdência Social […] É preciso aprofundar o debate, resgatar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora e ser protagonista nessa nova situação”, destacou.
“Nós estamos nos preparando para construir mobilizações intensas contra a reforma da Previdência, que eles estão querendo fazer igual o que fizeram no Chile. Lá os salários dos aposentados despencaram e subiu o número de suicídio entre os idosos. Essa lógica só tem um interesse, o de passar o dinheiro da Seguridade Social para os banqueiros e rentistas.”, denunciou Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
“Vamos juntar todo mundo para combater essa corja Bolsonarista que renegaram sua pátria e tentam transformar o povo em escravo do capital financeiro. Eles demonstram seu servilismo prestando continência à bandeira dos EUA e aos funcionários de Trump.”, disse Ubiraci. “A pátria não condecora os traidores”, completou.
Para Miguel Torres, presidente da Força Sindical, “a proposta de reforma da Previdência, que ainda não foi oficializada pelo governo, mas vem sendo divulgada aos poucos, não atende aos trabalhadores, não acaba com o déficit e privilegia os bancos com a tal da capitalização. Tudo isso precisa ser levado aos trabalhadores”.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou: “Precisamos criar uma Frente Nacional em Defesa dos Trabalhadores e da Democracia. É extremamente importante voltarmos às bases, para esclarecer os trabalhadores”.