
As centrais sindicais divulgaram nota conjunta, no último dia 28 de abril, sobre as fraudes envolvendo descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. As centrais reafirmam o apoio à operação da Polícia Federal e denunciam tentativas de associar injustamente organizações sindicais históricas a um esquema fraudulento que teve início no governo Temer.
“Acompanhamos, estarrecidos, as notícias sobre as fraudes no INSS”, afirmam os presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB. “Por dois motivos principais: primeiro, pela roubalheira que atinge aposentados e pensionistas; segundo, pelas distorções que permeiam o noticiário, que, de forma maliciosa, tenta relacionar entidades e pessoas alheias ao caso, com o objetivo de promover ataques políticos e antissindicais”, acrescentam.
As entidades afirmam que estão sendo atacadas injustamente entidades como a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados), “entidades sérias, comprometidas com os trabalhadores rurais e com os aposentados, às quais reafirmamos nosso apoio e confiança”.
Outro alvo dos ataques é o metalúrgico aposentado José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. “Manifestamos nosso apoio e defesa ao metalúrgico aposentado Frei Chico, que, por meio de manipulações e desinformação típicas da extrema direita, tornou-se indevidamente alvo desse noticiário tendencioso”, diz o texto.
Para as centrais, os ataques à Contag, ao Sindnapi e a Frei Chico são, na verdade, uma tentativa de enfraquecer o movimento sindical e atingir o governo federal. “Ao desviar o foco das investigações para sua figura, a narrativa em torno das fraudes no INSS torna-se um discurso contra o governo e contra o sindicalismo”, denunciam.
O texto também faz um chamado à sociedade e às autoridades para “que as quadrilhas formadas nos governos Temer e Bolsonaro sejam rigorosamente investigadas e desmanteladas. E que o sindicalismo de luta, com seus líderes verdadeiramente comprometidos com a causa dos trabalhadores, seja valorizado nesse processo, para que o povo saiba claramente quem está ao seu lado”.
Assinam a nota: Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).