
Representantes das centrais sindicais e entidades do movimento social entregaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no último dia 5, pedido de exoneração de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. As entidades condenam as políticas adotadas pelo Banco Central e a gestão de Roberto Campos Neto com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75%.
Indicado por Bolsonaro, Campos Neto tem promovido uma série de medidas alinhadas com os interesses dos rentistas, em detrimento do conjunto do povo. “Temos hoje a maior taxa de juros reais de todo o mundo, ditada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é comandado pelo presidente do BC. Não há teoria que justifique isto, uma vez que a inflação está em queda e na medida em que declina cresce a taxa real de juros ainda que se mantenha no índice nominal”, disse Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
As centrais sindicais apontam que as políticas econômicas implementadas por Campos Neto têm agravado as altas taxas de desemprego, a precarização do trabalho, diminuição dos direitos trabalhistas e aumento da desigualdade social, sendo um entrave para a retomada do crescimento econômico e na recuperação do país. “As altas taxas de juros constituem, hoje, o principal obstáculo à recuperação e ao crescimento da economia brasileira. Funcionam como um veneno para as atividades produtivas, deprimindo o consumo e os investimentos, comprometendo a expansão do PIB e a geração de postos de trabalho”, ressaltou Adilson.
Em suas redes sociais, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, disse que a agenda com Rodrigo Pacheco é fruto das articulações em defesa da queda dos juros no Brasil. “Nosso país não pode seguir com a maior taxa de juros do mundo”, exclamou Bruna.
Ao entregarem o pedido de exoneração a Rodrigo Pacheco, as entidades esperam que haja uma análise mais aprofundada das ações e políticas implementadas pelo Banco Central e seus os impactos sobre os trabalhadores e a economia.