
Nesta terça-feira (19), as centrais sindicais, junto a entidades do movimento social, realizaram mais um ato da Campanha Nacional contra a alta da taxa de juros básica (Selic). A manifestação ocorreu em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a política de juros no país.
Com o objetivo é pressionar por uma redução da Taxa Básica de Juros, hoje em 13,25%, sindicalistas e lideranças do movimento social denunciam que a taxa neste patamar está empacando a retomada do desenvolvimento do Brasil ao afetar, não apenas a economia em geral, mas também os trabalhadores e a indústria do país.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a redução da taxa de juros é fundamental para que haja mais investimentos na produção e não apenas no ganho do sistema financeiro. “Com a queda dos juros você gera mais emprego, gera melhores condições para as pessoas comprarem a crédito e com isso realimenta a produção. Então, a queda de juros é boa para os trabalhadores, para os empresários e para os consumidores”, defendeu.
Ubiraci Dantas, o Bira, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou que a redução da taxa de juros também representa economia nos gastos do governo com juros e amortizações da dívida pública, o que possibilita maiores condições para investimentos públicos no país.
“No mês passado nós estivemos aqui, na Avenida Paulista, e o Banco Central reduziu em 0,5% as taxas de juros, completamente insuficiente. Pois sabemos que cada 1% de juros corresponde aproximadamente a 60 milhões de reais. Estão tirando o coro do nosso povo, a indústria está sendo arruinada há muito tempo, não há investimento público desta forma. Não tem como ter crescimento e desenvolvimento econômico com a taxa de juros em 13,25%”, afirmou Bira.