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De acordo com a Abras, as altas mais expressivas e que tiveram maior impacto na cesta no semestre foram: batata (+55,81%), cebola (+48,13%), leite longa vida (+41,77%), feijão (+40,97%) e queijo muçarela (+36,10%)
Uma pesquisa da Associação Brasileiras de Supermercados (Abras) que monitora de perto os preços nas prateleiras aponta que a cesta de consumo da população acumulou alta de 10,41% de janeiro a junho deste ano – percentual acima da inflação oficial do período, de 5,49% segundo o IBGE.
A cesta da Abras é composta de 35 produtos, a grande maioria alimentos, e alguns produtos de higiene e limpeza.
De acordo com a Abras, as altas mais expressivas e que tiveram maior impacto na cesta no semestre foram da batata (+55,81%), cebola (+48,13%), leite longa vida (+41,77%), feijão (+40,97%), queijo muçarela (+36,10%).
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Com a carestia generalizada e atingindo em cheio os alimentos – e, portanto, penalizando os mais pobres – o valor médio da cesta nacional foi de R$ 773,44 em junho deste ano. Ou seja, com o salário-mínimo atual, um trabalhador brasileiro compromete aproximadamente 63,8% de sua renda apenas com alimentação e higiene básicas.
Cesta de 35 produtos de largo consumo – junho
Região Sul: R$ 878,74 (+13,69% no semestre e +21,35% em doze meses);
Região Sudeste: R$ 755,82 (+11,90% no semestre e + 18,98 em doze meses);
Região Centro-Oeste: R$ 703,06 (+9,42% no semestre e +14,98% em doze meses);
Região Nordeste: R$ 691,63 (+7,63% no semestre e + 16,10% em doze meses);
Região Norte: R$ 833,64 (+8,38% no semestre e 12% no acumulado de doze meses até junho).
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Com os preços absurdos e a população empobrecendo, um em cada quatro brasileiros teve deixar de pagar contas e 64% tiraram da lista dos supermercados parte do que estavam habituados a consumir neste ano, estima pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na semana passada. A inflação, que já virou marca do desgoverno Bolsonaro e fez com que o nome do presidente se popularize por aí como Bolsocaro, também contribui para o aumento escancarado da pobreza. No Brasil de 2022, são 33 milhões passando fome, número que não se via igual desde a década de 90.