CGTB convoca trabalhadores à resistência e contra o “conformismo”

Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB

Em resposta à nota que cinco centrais sindicais, encabeçadas pela CUT, endereçaram a Jair Bolsonaro apresentando-se com “disposição para construir um diálogo”, a Executiva Nacional da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) divulgou documento convocando os trabalhadores à resistência, contra o “conformismo” das entidades com a pauta antitrabalhista e antidemocrática do novo governo.

Para a CGTB, a nota assinada por parte das centrais sindicais, datada de 1º de janeiro, é, “na melhor das hipóteses, um tiro no pé”. “A carta diz que “vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir o diálogo…”. Além de açodada, a nota expressa um certo conformismo com a histeria antitrabalhista e antidemocrática do núcleo fascista do bolsonarismo”.

“Vejam só: Bolsonaro teve o desplante de fechar o Ministério do Trabalho, criado por Getúlio Vargas para fiscalizar o cumprimento dos direitos trabalhistas, amparar o trabalhador desempregado e coibir o trabalho escravo. Nem a ditadura militar teve tal petulância. Outro exemplo: a primeira medida do governo foi atropelar, de forma arrogante, o Congresso Nacional e rebaixar mais ainda o já massacrado Salário Mínimo – que é menor que do Paraguai – de R$1.006,00 para R$ 998,00. Teve o acinte de colocar o registro sindical no Ministério da Justiça, tratando o movimento sindical e os dirigentes sindicais como caso de polícia”, diz o documento.

Além de não mencionar as atrocidades já cometidas pelo governo eleito na sua primeira semana de mandato, segundo documento da CGTB, as centrais citam “generalidades como “geração de empregos e salários crescentes depende do crescimento sustentado e do ambiente de negócios.

“Mas o Problema é: o que gera o crescimento? É aumento do Salário Mínimo, do consumo, do poder de compra dos trabalhadores ou a política neoliberal e entreguista de arrocho no Salário Mínimo, na aposentadoria, na Saúde, na Educação, etc..)”, questiona.

“A hora é da unidade mais ampla, sem hegemonismos, sem discriminações políticas, ideológicas, ou de qualquer outra ordem. A hora é de construir barreiras no Congresso, nas ruas, na imprensa; de resistência a cada medida contra os trabalhadores”, convoca a CGTB.

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