Mauro Vieira e Sergey Lavrov, respectivamente, ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Rússia encontraram-se em Nova Délhi, na Índia, onde ocorre a reunião dos chanceleres do G-20, grupo das maiores economias do mundo, ocasião em que o russo informou o plano de visitar os países da América Latina no próximo mês. O primeiro país a ser visitado será o Brasil.
Durante a reunião, que durou 45 minutos, foram debatidos diversos assuntos de interesse bilateral que ambos países pretendem desenvolver nos anos vindouros.
O encontro tratou também do conflito na Ucrânia, quando o chanceler russo expôs as razões que levaram seu país a se defender diante das ameaças originárias a partir de um governo pró-nazista que se instalou no território ucraniano.
Segundo interlocutores, o chanceler brasileiro, ouviu atentamente as explicações de Lavrov, como aconteceu na Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, em fevereiro, de modo a avaliar a situação e entender as razões russas.
O chanceler russo forneceu detalhes sobre as diversas tentativas de paz que ocorreram antes da eclosão da guerra, como a mediação buscada através da Turquia, ainda em 2022, quando aquele país, através do presidente Tayyip Erdogan, promoveu várias rodadas de negociação entre russos e ucranianos.
Por sua vez, o chanceler brasileiro reforçou a posição do país na busca da paz entre Rússia e Ucrânia. Uma fonte do Itamaraty, ouvida pelo G1, afirmou que “uma inércia de guerra que, lamentavelmente, ainda persiste, mas que terá de ser rompida em algum momento, e o Brasil é um dos países que se dispõem a trabalhar para isso, pela paz”.
O Brasil chegou a votar favoravelmente à resolução que defendeu a retirada das tropas russas da Ucrânia durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) transcorrida na semana passada, no entanto, antes disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar o envio de munição à OTAN, solicitada pelo governo alemão, e, após encontro que teve nos EUA com o presidente Joe Biden, esclareceu a posição de neutralidade do país e a disposição de contribuir para o fim da contenda.
REUNIÕES ENVOLVERÃO TODOS PAÍSES DO BRICS
Mauro Vieira, além do encontro com o chanceler russo, pretende se encontrar até o final da viagem com os demais representantes diplomáticos dos países que integram o BRICS, no caso, Índia, China e África do Sul.
O chanceler brasileiro também teve reuniões com ministros europeus e africanos, além de ter agendado para esta quinta-feira (2) um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken.
O Brasil, através de Lula em comunicado conjunto com Biden, condenou o que os EUA chamam de invasão da Federação Russa a Ucrânia. O voto do Brasil na ONU, também foi pelo mesmo caminho.
Nenhum país membro dos BRICS o fez. O fato de Lula ter negado envio de armas e munições a Ucrânia a pedido dos alemães, capachos dos EUA, não exime o erro do comunicado com Biden e do voto na ONU.
Viana, chegou a dizer explicitamente que o Brasil agora tem lado e ele se referia a Ucrânia.
Lamentável, sob todos os aspectos que possamos considerar, tanto em política interna quanto externa.
O Presidente Lula e seu Ministro das Relações Exteriores, comportaram-se como aliados dos EUA, que são quem na realidade via OTAN, promoveram essa guerra, desde 2014 quando apoiaram o golpe na Ucrânia e colocaram no poder os nazifascistas além de centenas de outras anteriormente, com o único objetivo de dominação e saque à riquezas de outras Nações, além de assassinatos, extermínios e espionagens como a feita no Brasil, na era Dilma.