Já está em tour pela América Latina o chefe do Pentágono, o general ‘Mad Dog’ [Cachorro Doido] Mattis, onde passará em revista os capachos de Washington em quatro países, Brasil (adivinha quem?), Argentina (Macri), Chile (Piñera) e Colômbia (Duque, o sub-Uribe).
Já o presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou a presença de ‘Mad Dog’ e sua apologia dos “interesses norte-americanos” na América do Sul. “Primeiro, os interesses da América Latina e do Caribe, uma zona de paz que rejeita as bases militares para saquear nossos recursos naturais”, acrescentou.
Tendo sido agraciado com orçamento de US$ 716 bilhões, o chefe do Pentágono está em busca de no que desperdiçar os recursos que faltam nos EUA, para fazer a saúde pública, a universidade gratuita e consertar a infraestrutura em pandarecos. Como se 800 bases no mundo inteiro fosse pouco, ‘Mad Dog’ – que tem esse apelido por causa da sua campanha genocida contra a cidade de Faluja – anda querendo abrir umas unidades novas em vários países sul-americanos.
No Brasil – como se sua própria trajetória não testemunhasse o oposto com relação ao relacionamento dos EUA com outros povos – disse que os dois países “têm interesses baseados em uma história compartida em termos geográficos, democráticos”. Quanto à China, segundo Mad Dog, não se pode “dizer o mesmo com credibilidade”. Aliás, haja história democrática e credibilidade aos EUA, partícipes ativos de golpes que depuseram governos democráticos e populares como os de João Goulart e Salvador Allende.
Além disso, querem empalmar a estratégica base espacial de Alcântara. Os delicados ouvidos de ‘Mad’ foram incomodados pelos disparos de fuzil em uma favela próxima do hotel no Leme em que se hospedou.
No Equador, aquela base que Rafael Correa havia fechado, vai voltar a operar para ‘combater o narcotráfico’, anunciou o solícito Moreno no início de agosto. Ali, quem participou pelo império da pajelança entreguista foi o vice Mike Pence em junho, que cobriu de afagos a Moreno, em má hora batizado por um pai esperançoso como ‘Lenin’. Foi retomado acordo militar com Washington abolido há 11 anos. Na Colômbia, operam oficialmente sete bases norte-americanas (três aéreas, duas de marines e duas do exército), com 800 soldados e 600 ‘contratados’. Na Argentina, a volta das ‘relações carnais’ com Washington abriu caminho para a instalação de bases na província de Neuquén, como denunciado pela oposição. No Chile, é ‘só treinamento’, asseveram os bondosos ianques, sempre prontos a prestar apoio, ainda mais sob as ordens de Trump.