
Ada Colau, integra a Flotilha da Solidariedade, navega com mais de 50 embarcações com alimentos e medicamentos em direção a Gaza
“Desde a Flotilha Global Sumud nos aproximamos de Gaza e tenho uma pergunta muito concreta aos representantes dos países que se encontram em Nova Iorque na Cúpula das Nações Unidas: que pensam fazer esta semana, já, para deter o genocídio que Israel está cometendo contra a população indefesa da Palestina e para abrir corredores humanitários?”.
Enfática, falando de uma das 50 embarcações com alimentos e medicamentos que se dirigem em direção a Gaza, a líder europeia, ex-prefeita de Barcelona e ativista social espanhola Ada Colau, afirmou que “Basta de palavras!”.
“Sabemos que nesta semana se falará sobre o reconhecimento do Estado palestino, que mais países vão reconhecer o Estado palestino, isso sem dúvida nenhuma é algo positivo, mas chega tarde. Logo não haverá nenhum estado positivo que reconhecer caso se permita que Israel siga exterminando a população palestina. Por isso acabou o tempo das palavras, se terminou o tempo das resoluções que se descumprem uma e outra vez porque Israel as desrespeita com a incumplicidade e o veto dos Estados Unidos”, assinalou.
“Portanto nós que estamos aqui atuando, colocando nossos corpos em alto mar, em barcos de segunda mão que estamos determinados a romper este cerco igual aos milhares e milhares que em Itália bloquearam estações de trem, rodovias, portos, para dizer basta, detenhamos o genocídio. Da mesma forma que na Espanha detiveram à volta ciclística para dizer basta à impunidade ao Estado de Israel, não podemos normalizar o Estado de Israel em nenhum evento desportivo, cultural ou de nenhum tipo”, acrescentou.
“A cidadania está colocando seus corpos e está atuando, somos as Nações Unidas da gente comum que pergunta às Nações Unidas dos países o que pensa fazer. Basta de palavras, necessitamos atos. Se nós auto-organizadas estamos conseguindo levar o Mediterrâneo para levar ajuda humanitária, como não vão conseguir os Estados quando é algo obrigatório, segundo a lei internacional. Pedimos ações”, concluiu Ada.
Veja sua fala desde o Mediterrâneo no link: