O cantor e compositor Chico Buarque se manifestou em suas redes sociais condenando o morticínio promovido por Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
“Quero me juntar às vozes que denunciam o genocídio de palestinos em Gaza”, escreveu o compositor.
O artista assina e data a publicação: “Chico Buarque 01.03.24”.
Chico Buarque referenda o que o presidente Lula vem denunciando para o mundo os crimes de Israel em Gaza contra os palestinos.
Nesta sexta-feira (1º), em discurso na 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino- Americanos e Caribenhos (CELAC, o presidente Lula afirmou que Israel está praticando uma “carnificina” na Faixa de Gaza e que o mundo precisa “dizer um basta para a punição coletiva contra o povo palestino”.
Lula disse que é preciso “parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade”.
Na quinta-feira (29), Israel matou mais de 110 civis palestinos ao atacá-los enquanto buscavam comida em caminhões com ajuda humanitária.
“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, declarou Lula.
“Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU, meu companheiro António Guterres, para propor uma moção da CELAC pelo fim imediato desse genocídio”, assinalou o presidente da República.
Em fevereiro, durante entrevista coletiva em Adis Abeba, Etiópia, Lula declarou que o “que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico”. “Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”.
A declaração desencadeou uma histérica reação do governo de Benjamin Netanyahu que exigiu uma retratação de Lula.
O presidente brasileiro não só não se retratou como voltou a afirmar nos fóruns internacionais tudo que havia dito.
Pelo seu lado, também nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota em que repudia a chacina praticada pelas hordas assassinas de Israel onde “mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 750 feridas por tiros, pisoteio ou atropelamento”.
Na nota, o governo brasileiro classifica como “cínicas e ofensivas” as declarações do governo de Benjamin Netanyahu após o ataque bárbaro.
“Declarações cínicas e ofensivas às vítimas do incidente, feitas horas depois por alta autoridade do governo Netanyahu, devem ser a gota d’água para qualquer um que realmente acredite no valor da vida humana”, diz o documento.
“O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades”, sustenta o Itamaraty.