
Em carta para Lula, pedem que o Brasil rompa com o regime nazifascista de Netanyahu
Artistas, como Chico Buarque, intelectuais, políticos, sindicatos e representantes da sociedade civil assinam uma carta para o presidente Lula pedindo que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas e comerciais com Israel como forma de forçar o país a parar o genocídio que tem cometido contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
No documento, os signatários denunciam o “regime de ocupação e apartheid israelense e o genocídio em Gaza”.
Eles repudiam “o bloqueio desumano e cruel que ameaça a vida de 2,3 milhões de pessoas em Gaza, em especial 14 mil bebês que se encontram em risco iminente de morte”
O Brasil deve romper “relações diplomáticas e comerciais com o estado sionista de Israel, através de embargo militar bilateral e embargo energético”, e revogar “o tratado de livre comércio em vigor”, pedem os signatários.
A carta aberta lembra que Israel não tem cumprido as decisões da Corte Internacional de Justiça para continuar atacando e assassinando palestinos, além de praticar um bloqueio total da entrada de mantimentos na Faixa de Gaza.
Diante disso, “a aplicação de sanções de direito internacional” representa “o mecanismo adequado e essencial para endereçar a situação”. “Sem embargo, o Brasil segue exportando petróleo e negociando compra e venda de equipamentos militares com o Estado israelense e suas empresas”.
“É hora de nosso país dar o exemplo de cumprimento do direito internacional, especialmente no contexto de sua presidência do grupo de trabalho sobre Direito Internacional na conferência das Nações Unidas de junho próximo para a criação do Estado palestino e independente”, reforça o documento.
“Essas medidas, se adotadas por nosso país e sob uma liderança de sua envergadura, certamente serão exemplo a outros governos provocando uma onda necessária para que se encerre essa carnificina e para que os direitos inalienáveis do povo palestino sejam respeitados e garantidos em sua totalidade”, completa o grupo.
O documento foi encabeçado pelo grupo Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS Brasil), contando com as assinaturas do cantor Chico Buarque, da jornalista Hildegard Angel, do humorista Gregório Duvivier, da jurista Carol Proner, dos professores de História na Universidade de São Paulo Rodrigo Goyena e Arlene Clemesha, do professor de Relações Internacionais da PUC-SP Reginaldo Nasser, da ex-deputada Manuela D’Ávila, entre muitas outras.
Também apoiam as sanções contra Israel a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O governo brasileiro tem condenado, através de notas, os reiterados ataques de Israel contra a população civil em Gaza. Desde outubro de 2023, mais de 62 mil palestinos foram mortos por Israel.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou publicamente que pretende “tomar o controle” sobre o território palestino.
O governo brasileiro já deveria ter tomado essa atitude há muito tempo. Esse estado nazissionista, constituído de um povo que durante anos reclamou contra o segregacionista de que era vítima hoje se transformou numa nação de racistas prepotentes, ocupacionistas e em vias de levar um povo ao extermínio.