“Qualquer ação militar unilateral viola a Carta das Nações Unidas e seus princípios e a lei internacional e seus princípios”, afirmou a China, em condenação ao ataque de mísseis dos EUA e dois países vassalos, na madrugada de sábado 14, contra a Síria.
“[Os ataques] também adicionam mais fatores para complicar a resolução da crise síria”, acrescentou a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying.
Pequim também pediu uma investigação imparcial sobre o suposto ataque químico: “O lado chinês acredita que uma investigação ampla, imparcial e objetiva deveria ser conduzida sobre o suposto ataque químico e deveria chegar a conclusões confiáveis … antes disso, nenhuma conclusão deveria ser feita”, disse Hua. No CS de emergência, a China votou com a Rússia e a Síria.
Também o jornal “Global Times”, que é usado por Pequim como porta-voz oficioso mais enfático sobre questões controversas, condenou o bombardeio à Síria em editorial, em termos duros, assinalando que “os fatos não podem ser distorcidos. O ataque militar não foi autorizado pela ONU, e visou um governo legítimo de um Estado membro da ONU … não tinha sido confirmado se o ataque de armas químicas aconteceu ou não, se as forças governamentais ou as forças da oposição o lançaram. Organizações internacionais não tinham levado a cabo qualquer investigação autorizada”.
“Os EUA tem um registro de deflagração de guerras com base em embustes. O governo Bush asseverou que o regime de Sadam tinha armas químicas antes que as tropas da coalizão EUA-britânica invadissem o Iraque em 2003. Contudo, as forças da coalizão não encontraram o que eles chamavam de armas de destruição em massa após a derrubada do regime de Sadam. Mais tarde tanto Washington quanto Londres admitiram que sua ‘inteligência’ era falsa”.