O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, advertiu ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que “essa velha rotina de ‘bullyng’ unilateral contra a China não funcionou no passado e não funcionará no futuro’’.
O alerta do ministro chinês aconteceu em conversa telefônica ocorrida nesta sexta-feira (23), conforme informações da agência de notícias Xinhua.
Na conversa com Blinken, Wang Yi, procurou apontar o caminho alternativo de relações saudáveis e produtiva entre seu país e os EUA, ao ressaltar que o encontro entre o presidente chinês Xi Jinping e Biden, ocorrido na cúpula do G20 em Bali, Indonésia, “foi um sucesso, e enviou um sinal positivo para o mundo”.
Yi acrescentou que tais contatos regulares são benéficos para ambos os países.
Apesar disso, alertou Yi, “os Estados Unidos devem parar de tentar conter o desenvolvimento da China” e não deve “desafiar a linha vermelha da China”.
Na mesma linha, o ministro chinês já havia se posicionado junto ao secretário dos EUA. Em 3 de outubro, deixou sua repulsa a medidas da Casa Branca visando “reprimir e conter” seu país.
Os dois representantes também trataram do conflito na Ucrânia, quando Yi voltou a enfatizar que a China “sempre esteve do lado da paz, dos propósitos da Carta da ONU e da comunidade internacional”.
O ministro chinês aproveitou a oportunidade da conversa para desejar que “o Ano Novo traga uma nova perspectiva e que as relações China-EUA se estabilizem e melhorem”.
Antony Blinken retribuiu dizendo que compartilha do mesmo objetivo: “Estados Unidos estão dispostos a discutir com a China os princípios orientadores das relações bilaterais, administrar o relacionamento de maneira responsável e realizar a cooperação em áreas que atendam aos interesses comuns de ambos os lados’’.
A conversa entre os dois aconteceu apenas dois dias depois do início do exercício militar conjunto entre China e Rússia no Mar da China Oriental, que fica entre o Japão e Taiwan, exercícios iniciados no dia 21.
O Japão tem dado mostras de embarcar mais ainda na linha de provocações de Biden ao anunciar novo orçamento militar dizendo que ele inclui aquisições para “conter futuras ameaças da China, Rússia e Coreia do Norte”.