A ocorrência da visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, torna-se “grave provocação e violação da soberania e da integridade da China e será recebida com severas contramedidas”, afirmam fontes chinesas de acordo com o jornal do país, Global Times
A situação no Estreito de Taiwan se agravou com a intensificação do deslocamento militar chinês depois que a mídia norte-americana divulgou não só o horário da visita da presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, como o encontro previsto ao final do dia desta terça-feira (2) com a líder dos separatistas taiwaneses, Tsai Ing-wen.
Editorial do jornal chinês, Global Times define a “potencial visita” como “provocativa” e uma “violação da soberania e integridade territorial da China”.
Diz ainda a matéria que a provocação será recebida com “severas contramedidas” inclusive militares por parte da China.
O porta-voz do Ministério do Exterior da China, Zhao Lijian, declarou nesta segunda-feira (1º de agosto) que “o Exército Popular de Libertação não ficará impassível ou ao largo e tomará fortes e resolutas medidas para proteger a soberania e integridade territorial da China”.
Entre as medidas militares já tomadas, a Administração de Segurança Marítima de Shandong expediu alerta informando que o porto de Weifang, próximo ao Estreito de Taiwan, será palco de exercícios de marinha com “munição viva” das 15:00 às 24:00 do dia 3. A Administração de Segurança Marítima de Qinglan também comunicou a previsão de exercícios militares em “partes do Mar do Sul da China” de terça a sábado.
Voos que aportam ou saem de cidades da região também foram cancelados.
A mídia local de Taiwan, citando “fontes oficiais” já disse que Pelosi é esperada na ilha na noite desta terça (por volta de meio-dia, hora de Brasília) e deve pernoitar no hotel da rede norte-americana Grand Hyatt. Também é informado que a deputada norte-americana estaria na Malásia e há um avião militar dos EUA que supostamente acompanha o voo de Pelosi.