A empresa chinesa foi capaz de avançar na miniaturização e chegar a componentes de mais baixa dimensão apesar das sanções norte-americanas que proibiam a exportação de equipamentos utilizados na produção de chips de alta tecnologia
A empresa chinesa Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), de Xangai, já está produzindo e vendendo chips com a tecnologia avançada que permite atuar na dimensão de 7 nanômetros, dando um salto de duas gerações em relação ao que produzia antes, afirma site especializado.
O avanço tecnológico chinês significa o fracasso da política dos Estados Unidos, que apostaram em sanções que proibiam a exportação de equipamento avançado de produção de chips para a China, tentando evitar que o país conseguisse progredir no desenvolvimento de seus circuitos com base em semicondutores.
O site especializado em produção de semicondutores TechInsights publicou um relatório que prova que a SMIC está vendendo os chips de 7 nm.
A TechInsights estudou os chips vendidos pela SMIC à MinerVa Semiconductor e constatou que a tecnologia usada deu o salto de duas gerações. O desempenho pode ser 20% superior aos chips anteriores, enquanto o consumo de energia será 57% inferior.
O relatório ainda registra que o avanço tecnológico “tem implicações importantes para as empresas chinesas de chips, pois ajuda a reduzir a dependência da China em tecnologias ocidentais durante esse período de acesso restrito”. Também quer dizer uma independência maior na produção eletrônicos portáteis, a exemplo dos celulares.
Os Estados Unidos, apavorados com o acelerado crescimento da indústria de alta tecnologia chinesa, impuseram sanções para exportação de equipamentos e componentes para a China. A SMIC é citada nominalmente nas sanções, assim como a Huawei, um de seus principais clientes.
Os EUA não queriam que a SMIC conseguisse avançar na produção de semicondutores de 10 nm ou menos. Para isso, pressionou países aliados a não venderem máquinas ou componentes que poderiam ser usados para a fabricação de chips na China.
O resultado, porém, está sendo que a China continua desenvolvendo sua produção de chips, mas cada vez mais autossuficiente.
Está aí desvendada a tecnologia do segredo que os Estados Unidos guerreou para não permitir que saísse de seu mapa.