A China ultrapassou os EUA e agora é líder mundial tanto em número de artigos de pesquisa científica quanto em artigos mais citados, revelou relatório do Ministério da Ciência e Tecnologia do Japão recém divulgado.
Nos últimos anos, assinala o estudo japonês, a China publicou uma média anual de 407.181 artigos científicos, superando os 293.434 artigos de periódicos dos EUA, e respondendo por 23,4% da produção mundial de pesquisa. A ultrapassagem dos EUA pela China em total de artigos científicos ocorreu em 2020.
Quanto à qualidade – aferida pelo total de citações por outros -, a ascensão da China também é inquestionável, já tendo sido verificada no número de 10% dos artigos mais citados no relatório de 2021. Com a China respondendo por 26,6% das publicações, enquanto os EUA, 21,1%.
No topo, nos 1% dos artigos mais citados do mundo, a China já é a número 1, com 27,2% (ou 4.744), seguido pelos EUA, que tem 24,9% (ou 4.330). Com um distante terceiro lugar, de 5,5%, aparece o Reino Unido.
“A China é um dos países líderes do mundo em quantidade e qualidade de artigos científicos “, reconheceu Shinichi Kuroki, vice-diretor geral do Centro de Pesquisa Ásia-Pacífico da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão.
O relatório do Instituto Nacional de Política de Ciência e Tecnologia do ministério japonês foi compilado com base em dados da Clarivate Analytics. Os números representam os níveis de 2019, com base na média anual entre 2018 e 2020 para levar em conta as flutuações nos números de publicação. Exatamente no dia da divulgação da pesquisa calhou de o presidente Biden assinar a lei em que os EUA correm atrás do prejuízo quanto aos chips, cuja motivação é o pânico de Washington diante do avanço chinês na alta tecnologia.
Já o Japão está em quinto lugar no número total de publicações e em 10º no top 1% dos artigos mais citados: foi ultrapassado nesse quesito pela Índia. No número dos 10% dos artigos mais citados, o Japão recuou para o 12º lugar, tendo sido ultrapassado pela Coreia do Sul e Espanha.
A China vai liderar o.mundo.
E o governo norte-americano já sabe disso.