Ameaça a “estabilidade na região”, denuncia porta-voz do Comando Sul da China referindo-se às repetidas provocações no Mar da China, que intervencionistas de Washington chamam de “liberdade de navegação”
A China denunciou que “o destroier de mísseis guiados dos EUA, USS Benfold, entrou ilegalmente nas águas territoriais do arquipélago chinês de Xisha, em 13 de julho, sem a devida autorização do governo chinês”.
O coronel sênior da Força Aérea, Tian Junli, porta-voz do Comando do Distrito da China do Sul, disse, citado pelo canal de notícias CGTN, que a ação dos EUA violou a soberania e os interesses de segurança do país asiático, prejudicando a paz e a estabilidade no espaço marítimo, além de violar o direito internacional e as regras que regem as relações entre os países.
“Os fatos mostraram mais uma vez que os Estados Unidos são, em todos os sentidos, um ‘criador de riscos para a segurança no Mar da China Meridional’ e um ‘destruidor da paz e da estabilidade regionais'”, sublinhou o porta-voz.
Da mesma forma, informou que as Forças Armadas de Pequim monitoraram o navio norte-americano e o advertiram para deixar o local. “O Comando de Teatro do Sul do Exército de Libertação Popular organizou forças marítimas e aéreas para seguir, monitorar, alertar e expulsar” o navio, frisou.
Sem se preocupar com as leis internacionais, nem com os fatos, a Sétima Frota dos EUA disse em comunicado que o USS Benfold realizou uma operação, na quarta-feira, para defender “os direitos e liberdades de navegação” na área, desafiando “as restrições à passagem inocente impostas pela China, Taiwan e Vietnã”.
A região, rica em hidrocarbonetos, outros recursos minerais e uma importante via internacional por onde passam bilhões de dólares em tráfego marítimo a cada ano, é freqüentemente palco das chamadas missões provocativas de “liberdade de navegação” organizadas por Washington.
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China destacou que “EUA, como país que se considera extraterritorial, ignora os fatos e os antecedentes históricos da questão do Mar da China Meridional, distorcendo o direito internacional e violando sua promessa aberta de que não manterá nenhuma posição sobre a soberania do Mar da China Meridional. Também estão tentando perturbar as relações dos países regionais e sabotar a paz regional, bem como a estabilidade, e esses atos são extremamente irresponsáveis”.