Desde que Trump anunciou, em maio, as sanções contra o Irã, a China tem aumentado a quantidade de petróleo importado do país persa. Para contornar as dificuldades impostas – ilegalmente – pelos Estados Unidos, o transporte do óleo tem sido feito por navios iranianos.
Quando do anúncio da possibilidade do rompimento com o acordo nuclear com o Irã, muitos países, inclusive europeus, se posicionaram contra. Porém, destes, uma parte das empresas submeteu-se às sanções de Trump. A China, pelo contrário, tem fortalecido os laços comerciais com o Irã.
A China já vinha, há muitos anos, sendo o maior importador de petróleo iraniano, com 623 mil barris por dia, durante 2017. Em junho, com as sanções já reestabelecidas, a importação chinesa foi de 660 mil barris por dia. Para julho, houve um crescimento de 16%, atingindo uma importação de 767 mil barris por dia.
Visto que os navios, que antes realizavam o transporte do óleo do Irã para a China, não estão efetuando o serviço, os países tiveram que adotar outras formas para desviar dos problemas. Agora, quem está realizando o serviço é a National Iraninan Tanker Co. (NITC), uma empresa iraniana de transporte de petróleo. Por não ter nenhum intermediário na transação, fica facilitado qualquer tipo de sigilo.
Apesar das dificuldades que surgem, principalmente para o povo iraniano, as sanções deixarão evidente que diversos países estão dispostos a enfrentar seus mandos. A China e a Rússia tem se destacado nesse esforço para esvaziar as sanções de Trump contra o Irã.
O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirma que a “Rússia continua a implementar consistentemente seus compromissos com a JCPOA [sigla do acordo nuclear, em inglês]. Nós reiteramos nosso compromisso decisivo de tomar todas as medidas necessárias para preservar e implementar completamente o Acordo Nuclear”.
P.B.