O presidente da China, Xi Jinping, participou nesta quarta-feira de um minuto de silêncio na cidade Nanquim, na data em que o mundo recorda os 80 anos do massacre. As descrições e fotos das selvagerias incluem bebês mortos à ponta de baioneta, civis enterrados vivos, montes de cabeças decapitadas e dezenas de milhares de mulheres estupradas e assassinadas.
O presidente da China, Xi Jinping, encabeçou nesta quarta-feira (13) um minuto de silêncio na cidade de Nanquim, na data em que o mundo recorda os 80 anos do massacre, perpetrado por tropas imperiais japonesas em 1937.
A homenagem em Nanquim – capital chinesa na época da ocupação nipônica – contou com desfile de soldados com grandes coroas funerárias diante de um monumento às 300 mil vítimas civis e militares de uma população de 600 mil habitantes. Enquanto isso, no Japão, políticos de direita, junto com o primeiro-ministro Shinzo Abe reduziam vertiginosamente o número de vítimas ou simplesmente negavam a existência do massacre, reconhecido pela comunidade internacional como “crime de guerra”.
Os 300 mil mortos correspondem à avaliação do Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente em 1947, que apontou o volume de atrocidades cometidas pelos invasores japoneses como “Holocausto Asiático”.
As descrições e fotos das selvagerias, que duraram seis semanas, são bestiais e horripilantes, incluindo bebês chineses mortos à ponta de baioneta, civis enterrados vivos, montes de cabeças decapitadas e dezenas de milhares de mulheres estupradas e assassinadas, incluindo meninas com menos de dez anos. Estudiosos apontam que, ao longo da guerra, pelo menos 200 mil chinesas foram sequestradas, confinadas e transformadas em “mulheres de conforto” ou “escravas sexuais” pelo exército imperial